MOLDURA
Eu emoldurei teu rosto, meu amado
numa concha que encontrei a beira mar...
As sereias deslumbradas com teu quadro,
em ondas mansas – lindas- a te chamar.
Em meus caminhos tua imagem luz será
Teu semblante eternizou meu ledo amor,
em doce aprisco tua ausência brilhará
na moldura que busquei com tanto ardor.
E assim, no amarelado dos meus versos,
certamente não terei o teu regresso,
e só me resta tua imagem para olhar...
Este sim será meu leito de saudade,
mil poemas não dirão nem a metade
do fascinante e meigo sonho de te amar.
Elair Cabral