DIA DA POESIA É SEMPRE
Questiona-se em emoção,
Se ontem, hoje ou amanhã,
É o “Dia da Poesia” ou não,
Ou se em algum dia será?
É quando o poeta quiser
E a cada hora e momento
Toda a Poesia há-de ter
O seu próprio fundamento.
Debate mais que evidente:
Dia da Poesia é sempre!
Tanto se diz e se escreve,
Às vezes sem argumento,
Porque a Poesia se deve
Ao jeito de cada talento.
Do coração sobe à mente
No intuito de cada tema
E a Poesia é o que se sente
Na força de cada poema.
Debate mais que evidente:
Dia da Poesia é sempre!
Pelo acariciar da Musa
Revela-se o objectivo
E o traço não se recusa
Se o poeta for receptivo.
Todo o horizonte sustém
Uma energia que anima
E um olhar vivo retém
Em cada ponto uma rima.
Debate mais que evidente:
Dia da Poesia é sempre!
Discurso sem qualidade
Que não acrescenta valor:
Não há Dia, não há idade
Apenas uma Arte Maior.
Poesia é alma e revolução
Na palavra feita suspiro
E no verso de cada mão
Dorme o efeito de um tiro.
Debate mais que evidente:
Dia da Poesia é sempre!
Poesia é sangue e é dor
É corpo despedaçado
Mas o poema se é criador
Exala aroma encantado.
POESIA, toda ela seduz
Seja noite, ou seja dia,
Não precisa de mais luz
Apenas, e só, harmonia.
Debate mais que evidente:
Dia da Poesia é sempre!
Dia da Poesia é um mundo,
Na sua forma mais cheia,
E pelo que tem de profundo
É uma sublime odisseia.
A haver mister especial
Que seja aqui e agora
A Poesia é, em si, global
Pois nasce Dia a cada hora.
Debate mais que evidente:
Dia da Poesia é sempre!
Frassino Machado
In ODISSEIA DA ALMA