MINHAS MÃOS
Meu mundo fechado na escrita
onde meus olhos te percorrem
sinto que fui escolhida,
por corações que não morrem
nem se afastam da vida!
Minhas mãos teclam sem cessar
elas definem minha alma de mulher
não desistem, não se querem aquietar
não param, nem um dia sequer!
apenas se sentem bem, quando estão a teclar
São mãos de quem sempre trabalhou
mãos que não se aquietam,
mãos que tanto afagaram
minhas mãos nunca protestam
mãos que tantas lágrimas limparam
Minhas mãos, que hoje reclamam
a destreza que nelas existiam
são os sinais, de uma vida, já vivida
que os anos levam, mas jamais trariam
aquela mocidade apetecida.
Joana R. Rodrigues