sábado, 28 de abril de 2018

PENSAR A VIDA...


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Pensar a vida…


Penso e repenso na vida
Nesta vida que tenho aqui
Vivê-la de forma sentida...
Foi por mim o que mais senti

Há que dar um pouco do sorrir
Há que dar o nosso abraço
Nas estórias há que sentir
Que o tempo é muito escasso

Por isso viva sem ofender
Tente mais a compreensão
Para em si colher prazer
E também muita satisfação

Para que o amor sobreviva
Em si de qualquer maneira
Que a porção seja activa
Nessa vida de brincadeira

Brinque a bom brincar
Faça tudo pelo amor
Se não souber amar
Viva a vida com humor

Armindo Loureiro 

sexta-feira, 27 de abril de 2018

BEIJO, BEIJAS COMO AS FLORES DE JARDIM



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BEIJO, BEIJAS COMO AS FLORES DE JARDIM


Face a face como as flores de jardim
Que iluminam os dias em novas primaveras,
Mais p' ra cá do que p' ra lá deste varandim
Em que me debruço e vislumbro quimeras.

Face a face como pestanas que regalam
Os dias, espreguiçando os olhos na maciez
De peles, dando cor à vida dos que amam
Sempre mais e mais do que uma simples vez.

Em vez de pensar no bem-estar de um colo
Beijo, beijas como as flores de jardim
Que beijam assim: lado a lado - o consolo;

Olhos nos olhos, de sorriso ávido...
Beijo, beijas como as flores de jardim
Que naturalmente perfumam o mundo. 

© Ró Mar
 

FIQUEI DE TI PERFUMADO


Arte de Mirthes Crespo 


FIQUEI DE TI PERFUMADO


Levei-te um ramo de rosas
E logo com os olhos nos bebemos!
Fizemos conversas de ocasião silenciosas
Para travar o que dentro de nós ainda pudemos!
Encostei-me ao teu peito e provei o que já estava habituado,
E em vez do aroma das rosas fiquei, meu amor, todo de ti perfumado.

Alfredo Costa Pereira

LEVA-ME




LEVA-ME


Leva-me a ver o mar na noite calma
em dia de maré vasa
Leva-me a contar as estrelas
a olhar os místicos reflexos da lua, 
espelhados no mar
E ao som da melodia das ondas
deixa-me permanecer assim 
no silêncio do teu abraço 
E, se porventura, 
sentires o deslizar de uma lágrima 
São os meus olhos que desabrocham num grito
E te imploram para que fiques
Deixa cair na minh’alma
A luz do teu sorriso
Deixa que a lua nos una num beijo
E diz-me apenas
Que é o fim da solidão!

Lurdes Rebelo

segunda-feira, 23 de abril de 2018

OS SENTIDOS E O LIVRO




OS SENTIDOS E O LIVRO 


“Dia mundial do Livro 2018”


Ó Livro que te prezas, ó tu meu amigo,
Pela significância que em tudo apresentas
Não tens dia que passes sem estar comigo
Tu que, por tua essência, a alma me sedentas… 

Tu, fiel companheiro em recôndito abrigo,
Que em horas indolentes sempre me contentas,
E a quem eu recorro quando não prossigo
Sendo, como és, farol na luz que aparentas… 

Mas eu olho para ti e, ao ver-te revestido
Com mil roupagens coloridas ou maceradas,
Digo, cá para mim, que tens algum sentido
Nas mensagens reais em ti aconchegadas. 

Tu e o teu criador, ó Livro, em toda a parte
Sendo aquele testemunho e aquela aventura
Revelais saborosos frutos e obras de arte
Pelas quais se elevam os valores e a Cultura.

Eu te olho, te vejo, te apalpo e te cheiro
Saciando-me contigo e de corpo inteiro! 

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

domingo, 22 de abril de 2018

UMA MARCANTE POESIA




UMA MARCANTE POESIA


Um sonho de criança 
Um desejo de esperança 
Um passado com lembrança
Um mago com longa trança

Um Mundo sem maldade
Um palácio feito em verso
Um País só com uma cidade
Um planeta único no Universo 

Uma tertúlia cheia de Amor e alegria 
Uma letra gravada em dourado 
Uma canção ao nascer do dia
Uma viola para acompanhar o meu fado 

Uma velha guitarra que trinava 
Uma fadista que quase chorava
Uma mão rugosa esta letra escrevia 
Uma sentimental e marcante poesia

Paulo Gomes

sábado, 21 de abril de 2018

RAÍZES PRA LÁ DO RIO


Imagem - J'ad'OR


RAÍZES PRA LÁ DO RIO, 

O ALTO CÉU POR INSTINTO


No ribeiro manso, perto de uma azinhaga,
Vive sempre alguém em busca da primavera,
Onde flui água reminiscente de uma entrega
Passiva e total à permuta da quimera.

Quimera que, não é uma mera quimera,
Passeia pelo astrolábio daqueles, doutos seres,
Que asfixiam em terra e não em estratosfera,
Pois, idealizam consonante seus viveres.

Típico dos que vivem na lua, não na lua
Mas sim no ribeiro manso de um labirinto,
Muito próprio e intemporal que sempre atua.

Reação passional dos seres que procuram
Entre as margens o infinito e encontram
Raízes pra lá do rio, o alto céu por instinto.

© Ró Mar

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O LIVRO ESSE DESCONHECIDO...




O livro esse desconhecido...


Quando pego num livro e o leio
Normalmente vou até ao fim
Mesmo que seja só paleio
Do que leio estou sempre afim

Jamais sonho com o seu final
Apenas vejo alguns artistas
Sem fotos para mim é normal
Que o livro me dê essas pistas

Idealizo certas pessoas
Que do livro são personagens
Para mim são sempre boas
As que se refletem nas imagens

É assim que eu gosto de ler
Nas calmas do meu sossego
Só assim sinto prazer
E introduzo em mim o seu enredo

Livros são todos bons
Todos nisso podem crer
Dão-nos momentos de tão sãos
E ao mesmo tempo elevam o nosso saber

Tenho algumas dificuldades
Em ler como já li
Os olhos essas maldades
Recusam-se a ver eu o senti

São os óculos que o impedem
De fazer como eu gostaria
Mas contudo meus eus não cedem
Porque em si contém magia

Armindo Loureiro