O SILÊNCIO DAS FLORES
No silêncio as fragrâncias a emergir
no remanso da brisa sobre o mar.
Minha alma obedece ao meu sentir
deixei de observar flores no meu olhar.
E o mar que me dava tanto sossego
onde mortificava as minhas mágoas,
neste meu viver há um desapego,
como o desmaiar da espuma nas águas.
Na onda e no silêncio flutuam flores
vindas com o vento que ali passou
e as poisou levemente e sem odores...
Na enchente a breve maré floriu
e a maresia com elas dançou
num abraço… o silêncio sorriu...
© Maria Lúcia Saraiva