quinta-feira, 25 de novembro de 2021

LISBOA, MEU BERÇO, MEU MAR.


Fotografia de Ró Mar 


LISBOA, MEU BERÇO, MEU MAR.


Menina, mulher, canção
Do dia, noite de sonhar;
Colar rente ao coração.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Histórias, lendas e contos
Por viver e por contar,
Quase sempre prontos.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Menina de sete saias,
Tuas colinas d' encantar,
Por olhar as belas praias.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Minha pátria, una canção,
Por feito de namorar
O Tejo em toda a extensão.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Mar e Mar. Não há terra igual
P'ra nascer, viver e amar,
Que a capital de Portugal.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Ah, Menina tão brejeira
E senhora de seu ar!
Quatro estações e bandeira;
Lisboa, meu berço, meu mar.

O 1º rei de Portugal,
D. Afonso Henriques, louvar
P'lo reino da capital;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Farol, língua de Camões,
Pelo universo a navegar,
Jus às condecorações;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Os teatros ricos tesouros,
Jardim da Estrela belo ar;
É arte a praça de Touros!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Mar e Mar. Não há terra igual
P'ra nascer, viver e amar,
Que a capital de Portugal.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Do Castelo ao Terreiro
Dom João II foi morar,
Por olho no dinheiro;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Salvé os descobrimentos!
Paço da Ribeira e o mar,
Torre - conhecimentos;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Ah, feitos fenomenais!
Ponto de partida ao mar,
Vasco da Gama e outros tais;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Porto de Lisboa tão ouro
E especiarias a engordar
A cidade do tesouro!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Mar e Mar. Não há terra igual
P'ra nascer, viver e amar,
Que a capital de Portugal.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Dom João V, de seu jeito
Grandioso, quis ofertar
O aqueduto a preceito!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Das águas livres nascer
Fontes para iluminar,
Monumentais, de se ver!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Do terramoto há memória,
Do Marquês o renovar;
Pombalina e arcada, glória;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Chiado dos grãs literatos,
Cinema e tela a encantar
Preto e branco dos retratos;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Mar e Mar. Não há terra igual
P'ra nascer, viver e amar,
Que a capital de Portugal.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Bairros lisboetas são fado,
Cunho português a trinar,
Aqui e em todo o lado;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Os ares dos miradouros,
E os baloiços d' embalar,
Miragens, meus tesouros!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Menina de salto alto
Por alfama a passear
E também p'lo bairro alto!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Varina da Madragoa,
Petinga fresca, a saltar,
Velha canoa qu' apregoa;
Lisboa, meu berço, meu mar.

Mar e Mar. Não há terra igual
P'ra nascer, viver e amar,
Que a capital de Portugal.
Lisboa, meu berço, meu mar.

Monumentos, catedrais
E outros tais de pasmar,
Arte anciã, belos vitrais!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Arte equina de gabarito,
Puro Lusitano a galgar
Lezírias, porte bonito!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Azulejos com história
P'ra contar, azulejar
Mundo afora, nossa glória!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Menina, calçada, riqueza
De Portugal; sereia, mar
Do meu coração; Princesa!
Lisboa, meu berço, meu mar.

Mar e Mar. Não há terra igual
P'ra nascer, viver e amar,
Que a capital de Portugal.
Lisboa, meu berço, meu mar.

© Ró Mar | 2021