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LOUCURA
Loucura é o meu estado nesta hora medonha
Falta-me tudo, aquele lampejo de razão
Que faz do meu sonho…
Uma reta de abundante inspiração!
Sinto esta loucura que consome, que mata
Perdeu-se o meu ego num por-de-sol terreno
Sinto este pesar em meus olhos e embriagada
Sei-me em delírio de loucura, num mundo tirano!
Vivi um sonho irreal, fantasiado sem medo da dor
Por instantes senti renascer o amor
Mas entre o sonho e a realidade
Fiquei desesperada com tanta contrariedade!
No jardim da minha existência
Encontro-me sozinha, em abandono
Minh’alma pesa, mergulhada em lágrimas
Não oiço mais a meiguice das suas palavras!
À minha volta tudo ficou escuro, sinto desespero
Tenho minhas pernas acorrentadas num mundo austero
Meus olhos abertos deixaram de ver o luar
E choro lágrimas que teimam em escorregar!
Sinto que é minha loucura vinda dos delírios,
Da solidão e um amargo lembrar…
Utopias de um negro desespero que me vem assombrar
Nos vindouros anos que serão de sucessivos vazios vazios!
Nazaré G. (Naná)