domingo, 25 de setembro de 2016

O MEU OLHAR…




O MEU OLHAR…


A natureza que sinto é mais que universo,
O meu olhar pela mais que perfeita arte
Vê-te outro outono, um céu anil imenso
Pela profundeza do ser, quanto basta querer-te.

A gente que veste o luar de setembro
Tem o rosto estampado de um verão de novembro,
O meu olhar pela mais que perfeita estação
Vê-te outro outono, um verde arvoredo de coração.

Pela essência do equinócio abro asas à singeleza,
Vento que difunde em baladas de outro outono,
O meu olhar pela mais que perfeita natureza
Lê o mais que belo momento de um outro ano.

© RÓ MAR


TIQUE-TAQUE...




TIQUE-TAQUE...


Tique-taque, tique-taque, 
É o bater do relógio de parede,
Único som que se faz ouvir,
Ao ritmo do meu coração,
Que bate de tristeza e emoção.
E que é o meu único sentir.

Tique-taque, tique-taque,
Prossegue o relógio sem parar,
Até as duas horas da manhã a tocar,
E eu desperto, sem dormir,
No sofá sentado a poesia produzir,
Com a companhia do silêncio da noite.

Noite profunda, com salpicos de luz
Espalhados pela cidade,
Gente adormecida, outra desperta,
Becos e ruas desertas,
Como ilhas rodeadas de água,
Num oceano de mágoas.

Mágoas profundas,
Emanadas por vulcões,
Que entraram em erupção,
Em noites quentes de verão,
Deixando almas a queimar,
Em lume branco a palpitar,

Tique-taque, tique-taque,
O relógio continua a bater
E eu deixei de escrever,
Receio de ter um ataque,
Sem ninguém para me valer,
Nesta noite solitária e de silêncio.

Ruy Serrano 

A MORTE DA SOLIDÃO




“O drama do poeta”


Já o escreveu Diderot,
Acerca da Comunicação,
“Com ela ninguém está só
E dela nasce a criação”.

Neste mundo embriagado
Com tanta comunicação
Anda tudo mascarado
Envolvido em solidão. 

Palavras voam sem fios
Pelas mil encruzilhadas
São como as águas dos rios
Correndo desencontradas.

Ninguém conhece ninguém
Neste palco virtual
Cada mensagem que vem
Sai frágil como o cristal.

Vê-se p´ la crista da onda,
Que rola cheia de espuma,
E mesmo ao esticar da sonda
Ninguém topa ideia nenhuma.

Neste mar encapelado,
Em dia e noite com drama,
Voga o poeta angustiado
Numa jangada sem chama.

É certo que não está só,
O seu palco é sua escrita,
Tritura com branda mó
Esta tragédia maldita.

Sonha por dentro e por fora
Alcançar a criação
E procura a cada hora
A morte da Solidão.

É esta a sua jornada,
É esta a sua viagem,
E, mesmo que não valha nada,
Dá sempre voz à mensagem.

Não se trata de um dilema
Mas de uma alma tenaz
Que se mascara de poema
Ficando consigo em paz!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

sábado, 24 de setembro de 2016

O OUTONO E EU




O OUTONO E EU


Chegou o outono, tempo de melancolia
Chegou em dia de sol,
Mas seguiu-se a noite amanhecendo fria...
Hoje me sinto outono, sem sorriso nem alegria
Sou meu próprio sonho, que tivera algum dia
Mas é triste e medonho como é enfadonho este dia!!

Estação ingrata esta estação me vigia,
Ela me deixa triste, outono sem alegria
Faz perder sorrisos, porque é cinzenta
E a que vem a seguir é a mais triste e violenta
É a estação onde eu estou a entrar fraca e lenta
É estação, que para muitos será a da tormenta!!

É uma linda e bela estação quem a ver entrar
Mas mais bela será ainda, se alguém lhe mostrar
Que pode muitas estações ainda viver,
Mas que a qualidade de vida se faça presente
Porque se esses condimentos não tiver,
Quero que de mim todas elas fiquem ausente.

Joana R. Rodrigues

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

SOMOS OS FILHOS DA (IMAGI)NAÇÃO




Somos os filhos da (imagi)nação


descendestes da casa que nos deu a mão
caminhamos infantes...nas bolhas da ilusão
enquanto filhos desta nação...
rimos e choramos com emoção
singramos da alma a razão
mesmo vibrando no pulsar de um coração
seja numa colina prado ou clareira
no charco enlameado ou rio cantante
poiso de um barco naufragado e seco 
curso e rumo do nosso ser estridente
fazer do silência a escola eterna da gente
hino que a alma desfolha
pela olhar de uma criança
que tudo sabe e ainda nem foi à escola
(...)

© Ana'Carvalhosa 

A BELEZA DOS DETALHES




“Os caminhos insondáveis da Arte”


Há caminhos insondáveis em toda a Arte...
E mais ainda nos meandros da Poesia,
Qualquer detalhe com beleza em toda a parte
Faz abrir os sentidos, em luz e em magia.
Olhando o horizonte fica-se em descarte
Na perspetiva contumaz da fantasia 
E a máscara da ficção assume-se como arte
Na retorcida imagem de torpe miopia.

Nos intermédios do poeta ou do artista
Pululam os detalhes feitos circunstância
Que apenas a emoção consegue detetar. 
Faz-se de espanto a reação da humana vista
Pois que descobre ao perto o que era na distância
E a obra de arte faz-se em breve germinar.

São belos os detalhes nos variados temas
Que cada encruzilhada pode revelar
E deles brotam as palavras e os poemas …

Os caminhos, p´ ra lá chegar, são insondáveis 
E os condimentos para a alma admiráveis! 

Frassino Machado

In JANELAS DA ALMA

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

PRECISO...




PRECISO...


preciso do meu silêncio
o que calmo me vem 
em trovoadas da minha gente

preciso do meu espaço
o que na imensidão do vácuo
possuo e tenho como sala de estar

preciso do meu bosque encantado
o que enfeito com as cordas dos dedos
e pinto-o no peito de amar

preciso do meu brinquedo
o que levo de trás para a frente
e corro com ele contente

preciso da minha almofada 
a que de ar é cheia e permanente
e deixa-me sonhar que sou gente

preciso do meu caminho
no meio de todo este bosque
na fantasia que é minha

preciso de não precisar
porque o que não tenho 
eu própria sei criar

Ana Carvalhosa

domingo, 11 de setembro de 2016

EU, TU E O MAR…


Imagem - Jean-Paul Avisse


EU, TU E O MAR…


Quando não estás perto de mim fujo
Para outro planeta, onde só há uma rosa
Vermelha a ancorar meu porto marujo
E ali fico, até o tempo voltar, em prosa.

Encontro-me no aconchego de pétalas
Que perfumam noites a laivos de um mar
Que é nosso e perco-me por ali a adora-las,
Remo até ao infinito de um recordar.

Quando não estás perto de mim amo
O universo que é tão nosso e respiro poesia
Pelos ventos de outro planeta, meu bálsamo.

Centelha pelo luar, leito de um amor
Que adormece ao meu lado até ser dia.
Eu, tu e o mar letra que desperta em flor.

® RÓ MAR 
 

COMO PODE NASCER AMOR...


Imagem - Gold ART


Como pode nascer amor…


E assim um amor nasceu
Nesse Jardim de Afectos
Num abraço que ele lhe deu
Com seus braços de tão laços

E a pessoa se sentiu amada
Nesse belo apertar
E até arrepiada
Num momento de se amar

E então quando ele lhe afirmou
Que estaria sempre a seu lado
Foi aquilo que ela mais gostou
Por ele lhe transferir o seu fado

Poderiam outras coisas acontecer
Que até resultassem melhor
Mas não… Este foi o seu prazer
De alguém que lhe deu o seu amor

Armindo Loureiro

CORRERIA P'RA ME ALCANÇAR


Arte: escultor inglês Robin Wight


Correria P'ra Me Alcançar


Correria sim se eu pudesse...
Alcançar em mim o que me esquece
A juventude não fosse florisse
E toda lágrima não chorasse sorrisse...

Correria pelo sim pelo não
Um dia agora n’outro mais tarde
Um beija flor pousasse na palma da mão
Carregasse toda a solidão que me arde

Bebesse o doce mistério amorável
Derramasse nos lábios derradeiro beijo...
Dissesse-me “amar é a razão mais razoável”
E teus suspiros fossem doces despejos...

Dessem vazão pro improviso versejo
Navegar em tua boca á catadupa
Explicar o inexplicável amar que bordejo
Tu cachoeira que refestelo sem culpa...

Se do chão só riso se abrisse em bagatela...
Bem sagrado visse vida a mão humana
O caminho feito fé peregrina á Compostela
Ouviria a voz que emite e d’alma emana...

Por fim correria se o vento em alazão
Não embaraçasse a pelagem robusta
O tempo não fosse correria que vão...
A vida lima e limão q'me aurora e degusta...

Son Dos Poemas 
Sônia M.Gonçalves 

SÃO CINCO AS FLORES...




SÃO CINCO AS FLORES...


São cinco as flores na minha mão...

o dia ainda não despontava,
e já ouvindo o cantar dos passarinhos, fui até ao jardim com árvores de fruto já secas, lembrando-me homens e mulheres de sentimentos não "podados" que matam outros sentimentos e almas,
e... encontrei flores!

Com cuidado as cortei
e com as minhas mãos as acariciei.

Encostei-as ao meu peito e, ao de leve, as apertei.
E, ainda, a ninguém as dei.

São cinco as flores cortadas e nas minhas mãos,
que as apadrinharei e "baptizarei" em amor, de ti:

... na tua "timidez, simplicidade, inocência e lealdade",
és esta Begónia a ornamentar os beijos que trocamos...

... o que és de "inspiração e resistência", tenho-te como esta flor Bromélia, na dureza contra as agruras dos tempos, mas já "mastigando" de forma demorada, e mais tenra.

... o que transmites de "paz, tranquilidade e pureza", sinto-te como este Jarro de pétalas altas e brancas, onde me procuro encontrar na candura do teu olhar.

... a "grandeza de tua alma" faz-me descansar tranquilamente encostado ao tronco, que produziu esta flor com o seu nome,... Camélia. Assim te vejo, assim te olho, amor, uma Camélia rosada como esta na minha mão...

Mas tenho outra Camélia nas minhas mãos. Uma Camélia vermelha.
Sou eu. Eu no "reconhecimento" das outras quatro flores que és.

E sabes?
É a ti que as vou entregar sem ter que as regar.

Já estão regadas com as águas cristalinas, repuxadas pelo repuxo da tua alma!

Toma. Recebe-as. São tuas... eu já as beijei pelo que me disseram e me amarem!

Carlos Lacerda - poesia

CANÇÃO DO MOINHO




CANÇÃO DO MOINHO 


Como um moinho de vento
Está triste o coração,
Como o vento do moinho
Está livre o coração.
Como um coração
O vento livre
E o moinho triste.
Todas as pedras da serra
Foram rodadas no tempo
Pelo moinho de vento.
Moeram o trigo e ficaram
Com a forma desfeita
Do coração que trago!

Como um moinho de vento
Está triste o meu amor,
Como o vento do moinho
Está livre o meu amor.
Como um coração
O vento livre
E o moinho triste.
Todas as pedras da serra
Foram rodadas no tempo
Pelo moinho de vento.
Moeram o trigo e ficaram
Com a forma desfeita
Do coração que trago!

Como um moinho de vento
Está triste o meu irmão,
Como o vento do moinho
Está livre a minha mão.
Como um coração
O vento livre
E o moinho triste.
Todas as pedras da serra
Foram rodadas no tempo
Pelo moinho de vento.
Moeram o trigo e ficaram
Com a forma desfeita
Do coração que trago!

Frassino Machado

In MENSAGEIRO CANTANTE

HOJE NÃO EXISTI




HOJE NÃO EXISTI


Porque te escrevo, não sei
Talvez seja a minha saudade
Olhei para o céu e pensei,
Será que eu sonhei
Ou nós existimos de verdade!

Falei ao céu e às estrelas
Que me dessem um beliscão
Quero sentir, quero revê-las
Quero as sempre, no meu coração,
As minhas lindas estrelas.

Hoje não sei, se estou viva,
Ou se morri, e meu espírito vagueia
Sinto a alma meio perdida
Mas vejo o mundo que me rodeia
Do alto das almas, já esquecida.

Eu não sei se estou viva,
Ou morta esquecida
Minha alma vagueia sem vida
Ou será que morri,
Se minha alma anda perdida
Hoje sinto que não existi.

Joana R. Rodrigues

domingo, 4 de setembro de 2016

A MAIS BELA FLOR !!!..


Imagem: Google


"A MAIS BELA FLOR !!!...


Flor do jardim da vida...
Perfumada e colorida;
Que abre só quando quer!...
Pedaços do Paraíso;
Suas pétalas... um sorriso...
E Deus lhe chamou... mulher!...

Deu-lhe um terno coração;
Carinho... Amor... e Paixão...
Beleza...´ma alma pura também!...
Depois... da flor maravilhosa;
Nasceram cravos... muitas rosas,
A flor... muda o nome p´ra mãe!...

Primaveras vão surgindo...
Novas flores vão abrindo;
Chega o inverno veloz!...
As flores jovens e amadas...
Mais tarde de.mães chamadas,
Com o tempo, tornam-se... avós!...

As mais lindas e belas flores!...
Raízes, ramos, frutos... Amores...
Contém Ciúmes... e Paixões!...
Um sonho... ilusão... magia...
Lua que transforma a noite em dia;
Ou Sol... que aquece os corações!...

António Joaquim Alves Cláudio

SETEMBRO


Imagem- Eric Montoya - Surrealista- Open ArtGroup@


SETEMBRO


Setembro que trazes no olhar 
A luz do luar 
E no pensamento
O desfolhar
No momento.

Setembro que despes a natureza
E vestes as roupagens 
Vermelhas e amareladas
De ventos de árvores azuladas.

Estação metamorfoseia 
De paisagens
Que dá à vida a alegria 
Da despedida
No gozo da saudade. 

Setembro que desfrutas
O cálice divino da vida
Nos mais diversos frutados,
Maduros oiros cachos.

Setembro que tens na ideia
O mar… a epopeia
De grandes cruzadas.

Não me vou de ti embora
Sem levar o sabor do agora
Ao vento da tua aurora.

© RÓ MAR

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

SERÁ QUE EXISTEM FINAIS FELIZES?




Será que existem finais felizes ?


O fim poderá trazer a felicidade ?


Não acredito, nessa meia verdade
Não compreendo, essa teoria
Se era bom... porque terminaria
Acabar com algo, não nos completa
O que nos faz feliz germina
O final é fracasso, algo que presta...

Se acabou... Há culpado!

Se chegou ao fim… é armazém de mágoas
Se já não existe … será lembrado!
Serão águas passadas… feridas que deixam nódoas.

Não me digam que há finais felizes

Porque na felicidade não há directrizes

Ou ela existe... ou não há história

Se chegou ao fim... é apenas memória

Por isso, não quero um final feliz
Quero que a minha história, seja longa
Que não conheça final, é o que sempre quis
Que esta vida caminhe devagar
Contando os dias um a um, sem terminar
Quero uma história inacabada
Que não tenha fim
Uma vida, que sempre seja lembrada
Que nada termine… que viva sempre assim...

Vou fugir de um final feliz
Recusando-me a dar um prazo à felicidade
Será uma vida, que não conhece a sua idade
Um sonho, que fará de mim uma imperatriz

Neste jardim, onde há tanta flor

E em que cada dia será da sua cor...

Angela Caboz

INSPIRAÇÃO VADIA




“O carisma do poeta”


Minha inspiração vadia
Cirandando em todo o lado
Num arfar de simpatia
Traz-me sempre apaixonado.

Gosto das horas que tenho,
Casadas com a poesia,
Vivo em maré de empenho
Minha inspiração vadia.

Tudo na vida me atrai,
Coisas, pessoas e fado,
E o meu tempo lá s´ esvai
Cirandando em todo o lado.

Há coisas boas e más
E momentos de euforia
Tudo em volta me satisfaz
Num arfar de simpatia.

As pessoas são o que são,
De temperamento marcado,
E a minha eterna emoção
Traz-me sempre apaixonado.

Ser poeta é uma odisseia
Desbravada pelo talento
E é um fado que se norteia
Pela luz do sentimento.

Não sei se há sete vidas
E se em todas há harmonia
Mas há voltas revividas
Nesta inspiração vadia.

A vida me fez de poeta
Nos meandros da aventura
Não sei onde é a meta
Só sei que é vida dura!

Frassino Machado

In AO CORRER DA PENA

ABRAÇAR A VIDA


ABRAÇAR A VIDA


Abracei a vida, junto ao meu leito,
Enchi-a de beijos ao meu jeito,
Dou-me bem com a vida,
Vivemos com magia.

Abracei a vida, não a vou deixar,
Ela é minha companheira,
Gostamos de namorar,
À nossa maneira.

Dou abraços à minha amiga vida,
Ela merece, é tão querida,
Farei tudo por ela,
É uma donzela.

Não penso desistir tão cedo da vida,
Andarei com ela na corrida
Que começou há muito,
E nos mantém juntos.

Só Deus nos poderá um dia separar,
Quando a terra de nós se fartar,
Viveremos unidos no além,
Sós sem mais ninguém.

Ruy Serrano 

LIBERTA A SOLIDÃO




LIBERTA A SOLIDÃO


Dá-me a tua mão,
Para juntos caminhar
Deixa essa solidão
Aquela que aos poucos
Nos vai matar
Não desistas de ti,
Continua a sonhar,
Caminha de mão na mão
Num passeio à beira mar,

Não permitas que a solidão
Viaje dentro de ti
Enfrenta o teu coração,
E caminhando de mão na mão
Conta cada minuto,
Aqueles que restarão,
Porque é triste aquilo
Que se vai perdendo
Os anos nos vão esquecendo
Deixando, apenas a solidão,

Não te entregues assim
Não desistas de viver
A solidão visita-me sim
E eu quase sem me aperceber
Ela de mão dada comigo
Eu dizia eu não consigo
E ela acabava com o meu viver

Por isso hoje digo acorda amigo
Manda a solidão embora
Liberta teu coração, deixa-o sonhar
E de mão na mão, caminhando
Vamos deixa-la bem junto ao mar,
E que as ondas a levem pelo mar fora

Joana R. Rodrigues

PARA O MEU AMOR...


Imagem- Gold Art


Para o meu amor…


Quero vir a recordar
Estes belos momentos
Nos quais te pude amar
Com todos os sentimentos

Quero vir a guardar
Tudo isto na memória
Para um dia puder contar
Como foi esta bela história

Momentos inesquecíveis
Que a teu lado eu passei
Jamais eles serão perecíveis
Nesse amor que eu te dei

Recordo isto com paixão
E o recordo até não mais
Dá-me um baque no coração
Ao me lembrar: tu és demais

Jamais pensaria em amar
E um dia a ti o poder dizer
Foi bom o meu degustar
Ainda hoje me dá prazer

São belas estas recordações
Que tenho no meu interior
Fruto das belas paixões
De quem ama com seu amor

Armindo Loureiro