FLOR DE LÓTUS
Ah, genuína beleza, a silhueta,
Alma perene duma fonte santa
Qu'embala o sonho p'lo coração,
A eleita, misterioso seu botão!
Olhar-te, minha flor de manhã anil,
Adormecer p'lo teu frescor amante,
E adivinhar o teu corpo macio
É sonho que todo ser tem p'la mente.
E, eu sonho p'lo mistério ante pétalas,
Duma grã-natureza, quem criou
Tão doces olhos e me acordou,
Q'outro dia cândido assim olhou!
Era a visão dum universo, que me sou,
Que gravou Flor de Lótus p'las memórias.
© Ró Mar