Imagem: Nature, Love and Art
ÀS CINCO DA MANHÃ
Às cinco da manhã faço-te versos
no cais do meu olhar, ressalta espuma
às cinco da manhã, envolto em bruma
vens acender meus sonhos mais dispersos...
às cinco da manhã, trazes-me o mundo
perdido no etéreo em que acredito
e às cinco da manhã me precipito
no amor, no teu amor, onde me afundo...
às cinco da manhã, noite meada
quando a aurora rompe a madrugada
que principia, preguiçosa a ir embora
às cinco, a manhã parece alada!
Em ti, somente em ti, durmo enroscada
no sépia do meu sonho, como agora!
© Maria Mamede