ESTAÇÃO
Nada resta de ti, senhora minha
as tuas cinzas em mim se depararam
do peito meu a ferros te arrancaram
vi-te desfalecer de forma asinha...
O meu sentir, esperança duma aurora
tomou coloração d’ ígneo poente
agora no vazio já não sente
o outro ser que já não sou, senhora!
Foi-se o claro dia bruscamente
finou, na noite, a chama de repente
deixando numa bruma o ser vencido
paira estranhamente doce paz
e arde neste momento fugaz
pálido círio, por te ter perdido!