Eterno agora
Minh’alma a espera
Com fé no amor recíproco
Fulcral firmado em quimera
Eterno hoje, integrado circuito...
Eternas horas..., eterno agora!
Distante olhar, retraído!
Horizontes vazios... Lânguido sonhar
É preciso mais corda... Ah, libido!
O tic tac não pode cessar...
O carmim nos sedentos lábios
Desbotam lavados pelo sal
Da lágrima teimosa, versos sábios,
Que vinca a alma em vendaval!
Cerra os olhos, encolhe o lume
Busca a lua aumenta a flama
Esvai-se o vagalume
Não vai à vazia cama!
E ali... Corpo entregue
Adormece mas, ainda espera
A revelia das horas, que o sonho não negue!
O realizar do encanto... Quimera!
Elair Cabral