TALVEZ…
Há uma linha cinzenta,
Que separa o “sim” do “não”!
Mas em busca da razão,
Nenhum dos dois se contenta
E quanto mais se argumenta,
Maior é a confusão…
Afirma o “sim” peremptório,
Ser detentor da verdade!
Mas… E a subjectividade?
Diz o “não” contraditório!
Pois há um efeito ilusório,
Confundindo a realidade…
A linha cinzenta diz,
Com a sua ambiguidade:
Esqueçam a rivalidade!
Cada um com seu cariz!
Que eu cá farei de Juiz,
Da vossa parcialidade…
Nunca se vão entender!
Cada um com seus porquês…
E assim, às duas por três,
Quem tudo vai resolver;
Sem que algum fique a perder,
É o meio termo “talvez”!...
© José Manuel Cabrita Neves