À PORTA DO POEMA
“Ao poeta Henrique Guimarães”
Bati à porta do poema,
Bati à porta da poesia,
Entro nela sem dilema
Por entre ondas de magia.
Tocaram à porta de mim
Sem nenhum estratagema
Com uma argúcia sem fim
Bati à porta do poema.
Não me ajeito em aventura
Muito menos em fantasia
Neste horizonte de conjuntura
Bati à porta da poesia.
A minha intuição de poeta
Dá-lhe vida em qualquer tema
Com esta estratégia discreta
Entro nela sem dilema.
Poetando o poeta se entende
Quando respira harmonia
Todo o Parnaso se estende
Por entre ondas de magia.
É assim a minha lira
Feita de versos ordeiros
Qualquer emoção m´ inspira
Para aliviar nevoeiros.
Entre dois sorvos de bica
Fiz este poema habitual,
Amigo, para ti aqui fica
A minha amizade leal.
Frassino Machado
In AO CORRER DA PENA