NOÉ... A ARCA... e os... FIGOS
Noé era um velho mau e avarento!...
Num sopro foi varrido p´lo vento;
Se deixou saudades foi a poucos...
Sua herança foi a Arca recheada;
P´lo herdeiro foi sendo depenada,
E a herança a todos deixou loucos!...
Ao tomar conta da herança;
Foi até mais não encher a pança!...
E a bicheza lá da Arca que se lixe...
Gritava-se bem alto e a bom som;
O herdeiro de Noé é que era bom;
E muitos até diziam que era fixe!...
O dilúvio destruía tudo a esmo;
E tudo voltava sempre ao mesmo...
Porque nem todos eram iguais;
Iam roendo a Arca até mais não,
Devoravam o que tinham à mão...
Caviar... e outros um figo nada mais!...
A fauna da Arca estava arrasada;
Da herança já não restava nada...
Foram pedir auxilio a uns amigos!...
Eles tiveram dó da bicharada;
Pois da Arca já não restava nada...
E deram uma mão cheia de figos!...
De posse da oferta foram dando;
Figos a uns... a outros cheirando...
A ganancia tornou-se louca!...
E porque só alguns comeram figos;
Por serem camaleões e amigos...
Ao resto... rebentou-lhes a boca!...