JARDIM DA ALMA
Abro o peito e deixo-te entrar
No jardim da alma secreto
Abro-o todo sem hesitar
Pra acalmar teu ser inquieto
Vem! Cheirar o perfume divinal
Que na minha alma emana
Fragrância de aroma especial
Que abençoa tua alma humana
Vem! Escuta as aves sagradas
Que cantam em nosso louvor
No alvor das madrugadas
Seus hinos de divino esplendor
Porque esperas? Porque hesitas?
Em entrar neste secreto jardim
Campo eterno das coisas finitas
E absorves tudo simples, assim!
Abro-me e deixo-te entrar!
No éden secreto que há em mim
Beijar as flores de cariz intemporal
Borboletas que bailam num frenesim
No jardim da minha alma imortal
Abro-me e deixo-te entrar!
Em silêncio de douto ritual
Quero ver-te docemente embriagar
Com essa fragrância, ancestral
Que Deus decidiu criar.
Abro-me e deixo-te entrar!
No jardim misterioso e perfumado
Onde teus olhos se podem deleitar
Com algo nunca por ti imaginado
Foge! Desse inferno assustador
E entra neste paraíso encantado
O jardim da minha alma em flor
Éden por Deus criado
Entra! E sara a tua humana dor
Foge deste mundo desvirtuado
Entra no meu peito acolhedor
Se, te sentires nele fragilizado
Aproveita este poema sedutor
E conhece o jardim sagrado
Utopia minha de sonhador.
© Joaquim Jorge de Oliveira