“MILAGRES DA NATUREZA”
Lá das profundezas do mar,
A pequena concha acordava
E sozinha até à tona trepava
Nas longas noites de luar!
Despia-se aos raios da Lua
Tornando-se totalmente nua,
Valvas à vista até a aurora
Por aquela longa noite fora.
E logo, logo de manhãzinha
Mal sentia que o Sol nascia,
Vestia-se de novo e sozinha
Ao fundo do Mar ela descia.
Depois sozinha e calada
Em longas noites sem fim,
Uma redonda bola gerava
Linda, e da cor do marfim!
© Alfredo Costa Pereira