quarta-feira, 30 de abril de 2014

TRANSPARÊNCIAS


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TRANSPARÊNCIAS


A transparência ultrapassa-me
seguindo uma direcção.
Isto faz-me pensar. Será essa coisa,

o ultrapassar inocente dos limites?
Talvez seja uma fronteira. Um teste
que violo, sem saber como, nem porquê.
As horas, o tempo, têm uma cadência
infernalmente monótona. Previsível.
A transparência, é algo inesperado,
que torna agradável atravessá-la.
As palavras, são quase sempre transparentes,
especialmente sarcásticas, metafóricas
ou até mesmo irónias. E gosto!
Mas transparente, é tanta coisa.
O vidro que é frágil e quebra,
o ar que é invísivel e respiro,
as almas que não vejo mas sinto.
Pessoas são as que menos entendo!
Prefiro a transparência do sonho,
tenho a dúvida do "dejá vu",
o suor da alma hiperactiva,
tudo, tudo enquanto o corpo dorme.
Ultrapassar motivos que não conheço,
com histórias que afinal não invento,
sempre voando para um mundo paralelo.
Depois outro, depois outro,
ainda mais outro, e ainda mais outro.
São tantos os meus mundos.
Viajando nessa transparência,
toco sempre a felicidade.
A transparência não me trava.
Serão portais, gelatinosos e turvos,
apenas ao toque que não sinto, e avanço.
As cores são reais, apenas alteradas
pela lógica de todo o real, o outro...
Meu Deus.
Sem blasfémias, tendo poder de escolha,
óbviamente optaria pelo outro lado!

Carlos Lobato


SÃO VENTOS QUE INVADEM A ALMA… SÓIS QUE VENCEM O MUNDO


 


SÃO VENTOS QUE INVADEM A ALMA…

SÓIS QUE VENCEM O MUNDO

 

São ventos que invadem a alma... 
Em beijos de seda pelos poros ávidos de primavera,
São rochedos de flor de açucena, quimera 
Que volve a luz e cintila a sôfrega alma. 

Pelas noites esvoaçam os cabelos de fino linho 
E se acariciam as melodias que o coração soletra, 
O olhar é alquimia e o pensamento é sonho 
Que se vence ao amanhecer no corpo que leve desperta. 

Entre a noite a lua que se desenhou cresceu no brocado 
Adamascado que saciou os desejos recônditos 
E beija o dia na amenidade dos lábios 
Que são sóis que vencem o mundo. 

® RÓ MAR 

terça-feira, 29 de abril de 2014

PARA A MINHA PRINCESA MELISSINHA

  
  
  

 "PARA A MINHA PRINCESA MELISSINHA"

 
Deixo-me sentir feliz
Alongo o olhar para as árvores em botão
Nesta tarde de sol que me aqueceu
Escosto a cabeça na cadeira onde escrevo,
Sustento o olhar intenso.
Tento sacudir o tempo que não quero lembrar
Os dias nublados que estão distantes.
Hoje as minhas cores são coloridas,
Têm muita luz, alegria magia.
Hoje é um dia muito especial
A minha princesa festeja mais um ano de vida
Como é bom ver os nossos tesouros em festa,
Sentir que vida ainda nos ilumina,
O coração bate dentro do peito.
Fisicamente não estou com ela
Mas estou muito perto no pensamento.
Parabéns minha pérola preciosa
Meu amor lindo, que vives sempre a meu lado.
Que o teu sorriso, seja sempre igual,
O teu olhar um mar de beijos para partilhar.

EFEMÉRIDES - DIA INTERNACIONAL DA DANÇA



Poema e Ilustração de Paula Delgado

A NOITE VAI CHEGANDO...

 

A NOITE VAI CHEGANDO...

 
A noite vai chegando
E eu viajo nas minhas ideias e pensamentos
Onde correm livres os meus versos
Que vão voando nas asas do vento
Ah!...Como eu amo os meus sonhos sonhados...
Que pelos trilhos da vida são levados
Sou serva do amor...
E no amor encontro a minha força de viver
A flor do amor cresce dentro do meu peito
É como fogo que arde sem o ver
Mas!…Algumas vezes sofro em chamas na solidão
Amo silenciosamente...
Eu…dentro da minha alma sinto-me carente
Eu…só quero viver e amar eternamente.
 
Mila Lopes
 

 

domingo, 27 de abril de 2014

DESEJO DE DOR

 

Desejo de Dor


Misturas,
Aflições eleitas...
Em lábios entrelaçados
Laçados pelo outrem,
Assim, como o divagador
Da dor, das dores ocasião!
Alquimia,

 Puros afagos
Entre as cordas do âmago
E a voz do coração,
Purificado o sussurro
Do grito incontido no navegar
Na dor, nas dores sensações!
 
Morangos,
Sabores da planície
Nos primórdios do beijo
Arremessando-se ao poente,
Hidratando a pele em lágrimas
Pelo ato oculto, desnudo
Sobre a dor, sobre as dores paixão!
 
Cálices,
Vinho, vida, ventura e arte
Pela madrugada dos luares
Brilhando-se pelos céus
De um sentimento incomum, comum
Aos olhos do ensejo, desejo
De dor, de dores amor!
 
 Auber Fioravante Júnior
Porto Alegre - RS
 

Tela: AF00381 - Auber Fiori
 

A MINHA POMBA PRETA

 

"A MINHA POMBA PRETA"

 
Acordou a manhã solarenga
Abri a janela ao sol para entrar
Mas o que vi foi tão macabro
Que a fechei e deixei-me chorar.
 
A minha pomba preta com penas luzidias
Estava a ser degustada pela gaivota esfomeada
Que a apanhou distraída a comer um grão de trigo
E nem lhe deu tempo para me pedir abrigo.
 
Ainda ontem, quando a alvorada rompia
Ela beijava o seu amado pombo correio
E fazia do peitoril da minha janela
O seu ninho de amor o seu enleio.
 
Já não se agacha mais no caleiro do telhado
Quando o crepúsculo anunciar o fim do dia
Mas vou para sempre, lembrar a pomba preta
Que era a minha companhia todo o dia.

 Margarida Fidalgo
 
 

sábado, 26 de abril de 2014

DESNUDE EM ALENTOS


Desnude em Alentos

 
Ao som de uma viola flamenca
Entonteço-me, ao ver-te desnudar 
Como uma fada, uma fada cigana,
Cigana das cartas, das castanholas,
Do xale rubro negro velando os seios!
 
A capital é dos versos,
Mas a canção é puro alento
Dentre os perfumes e os veios
Impondo-se pela carta do amor
Sobre a pele nua e os lábios úmidos!
 
A saia rodada de seda
Fico pelo chão, o corpo aveludado
Sob o leito em flores emana,
Flutua em êxtases oriundos
D’alma a qual me embriaga, sentir!
 
O silêncio aloca-se pelo perfil
Da face inerte em prantos,
Em bodas que só amor pode cantar,
Gritar pelos quatros ventos,
Solidão, magia em atos!
 
Auber Fioravante Júnior
Porto Alegre - RS

 
Tela: AF00319 - Auber Fiori 
 

O LUAR E A ESTRELINHA

 

O LUAR E A ESTRELINHA

 
Ao fechar minha janela
Olhei a lua que linda estava
Confesso que era tão bela
Que linda luz emanava,
Contemplei por algum tempo
E o luar que tanto brilhava
Fixei meus olhos naquele brilhar
E esse brilho me chamava.
Aquela luz era uma estrela
e o luar a iluminava.
Ao sentir tão grande chamamento
Pois para a lua não parava de olhar
Era grande o encantamento
Eu vi uma linda estrela a brilhar
Que superava o brilho do luar
Era de uma linda estrela e não da lua
O brilho que me fez olhar
Era minha estrelinha a dizer,
Mãezinha já não sou tua
Mas sempre te irei proteger
Como posso eu deixar de olhar as estrelinhas
Que são elas que me fazem erguer meu olhar
Brilham muitas vezes sozinhas
Mas outras vezes trazem um lindo luar
Para alegrar suas mãezinhas
Que vivem olhando um céu sempre a brilhar
 
Joana Rodrigues

SOU CAPAZ DE ESPERAR POR TI...

 

 

SOU CAPAZ DE ESPERAR POR TI...

 
Sou capaz de esperar por ti até ao dia da minha morte,
porque o amor, é perseguido desde o dia que nasces até ao dia em que morres...
 Sou capaz de esperar por ti... até ao ultimo momento em que sinta,
porque sei que é eterno o que sinto, e que o coração vai bater sempre que se aproxime a tua Essência...
 Sou capaz de esperar por ti, porque não quero sair desta vida enquanto não beber mais uma vez
um beijo teu, essa seria a minha recompensa desta tão longa espera...
 Sou capaz de esperar por ti, até ao dia em que saibas, exactamente,
o que sentes, em que saibas, exactamente, que é a mim que queres,
e nesse dia, sereia a mulher mais feliz deste mundo, porque TU,
estarás... LIVRE
 
Rosamar
 

O AMOR É APOGEU À ARTE E FOCAL À VIDA

 
  

O AMOR É APOGEU À ARTE E FOCAL À VIDA


O Amor tem tantos atributos e uma complexidade de sensações que nunca chegará a ser descodificado, por mais que queiramos e o façamos no sentido de exprimir tão nobre sentimento ficamos sempre aquém. Ainda assim, nunca devemos descurar o seu verdadeiro sentido e propaga-lo em torno do próximo. Quando se ama há que fazer sentir o quanto se ama, quer em palavras, quer em gestos, e, ou atitudes. As palavras, não são objectos decorativos, apesar de algumas terem teor estético, são signos de expressão e complementos indispensáveis ao bem-estar em sociedade. 

O amor é apogeu à arte e focal à vida, (não se vive sem amor, não há arte sem amor) vertentes interligadas que são o alicerce à vida, e, é nelas que nasce a arte à humanidade.
No que concerne à poesia, (uma das artes onde se gratifica e enaltece o amor exprimindo-o pelos veículos de comunicação cognitivos, recônditos e extra-sensoriais) a liberdade e enfase da linguagem poética, que é sentida e vivida no seu estado natural e real, enriquece-o e levo-o a viajar pelo universo utópico, onde a raiz e a história nunca se desassociam, alastram-se a outras perspectivas.
E digo, ontem disse Amo-te, e, hoje digo de novo Amo-te, e, porque te amo sorrio-te… e, Amo-te assim tão-somente, ‘Contigo para Sempre’, Amo-te.

© RÓ MAR