Desembrulho palavras…
Escrevo-te aqui ao luar
No ventre do meu querer
As tuas paredes são de amar
Tua vida nelas sente prazer
Saco das gavetas palavras
Melhoro assim meu pensamento
São palavras que me foram dadas
Para em ti sentir este momento
Sois as mãos que eu quero ver
A desembrulhar palavras vivas
Há traços e riscos do meu crer
Nessas palavras por ti queridas
Jorram palavras nesse papel
Escorre a tinta do tinteiro
Nenhuma delas sabe a fel
Destinam-se ao mundo inteiro
Há palavras que me vestem
Desde a noite até ao ser dia
Quando assim que se prestem
Para te darem alguma alegria.
Armindo Loureiro