TEMPORAL
A chuva beija-me a face, gotículas reluzem meus olhos.
Empoço meus pés, mesmo molhados, levitam conhecem
o caminho...
As roupas encharcadas, olhares curiosos, faces desconhecidas,
gracejos e sorrisos...
Minha mente alimenta-se da nona sinfonia, Beethoven acelera meu
coração...
Ponteio o céu, o vento afasta as nuvens, meu caminhar é leve, meu
coração acelera...
Atento-me a uma sombra de corpo presente, enlaço-me nos seus braços,
banho-te com o doce e o sal, o amargo e mel...
coração...
Ponteio o céu, o vento afasta as nuvens, meu caminhar é leve, meu
coração acelera...
Atento-me a uma sombra de corpo presente, enlaço-me nos seus braços,
banho-te com o doce e o sal, o amargo e mel...
Adentra no meu ninho, constata a escassa síndrome de cinderela.
Observa as rosas sem viço, saudosas das suas mãos, do brilho do seu
olhar...
Querido, tingi as paredes de azul, o cinza ficou envelhecido, isolado
no passado...
no passado...
Ruborizo diante dos seus olhos castanhos, disfarço, desconverso, embaraço-me com o seu olhar,
sua ternura em falar...
sua ternura em falar...
Repouso meu cansaço no seu corpo.
Seu calor abrasa-me o corpo, numa febre que faz enlouquecer, nessa magia, somos apenas um
Eu sou você.
Eu sou você.
Rosely Andreassa