Por ser Natal…
Hoje pensando bem
Não sei o que estou a fazer
Martelo letras como convém
Será que ao ler sentirei prazer?
Se calhar nada sentirei
Mas contudo quero continuar
Porque às palavras meu amor dei
Para que delas pudesses gostar
Escrevo-te assim desta maneira
Ao correr dos meus dedos
Gosto muito da brincadeira
E de ti escondo meus medos
O medo de tu não me leres
Pelo menos como gosto de ser lido
Ao correr das linhas os teus prazeres
Serem a imagem do amor prometido
Queria olhar para o teu olhar
Queria vê-lo em mim reflectido
Para saber se me queres amar
Ou se já não sou por ti querido
Se calhar nada disso acontece
Pois o tempo já tudo apagou
Mas contudo vem, tu aparece
Vive por aqui quem já te amou
Nunca me faças a desfeita
De aqui não passares o olhar
Um olhar sempre se ajeita
Quando a dona nos quer amar
Armindo Loureiro