domingo, 19 de julho de 2015

EU


 

EU


EU
Vejo mãos estendidas, faces multifacetadas,
olhos famintos...
Desprendo-me da saudade vestida de poeira,
e desapego.
Minha alma desnuda de emoções, vivência 
novas tempestades, inverno gélido em meu
coração.
Sentimentos confusos, complexas definições.
A carência suspira por atenção,arrojos da mente,
meras suposições, amor não correspondido, falsas
ilusões.
Andar com a sombra, perder-se na multidão, sentimentos
não partilhados, apego sem razão.
O amor não germina na imposição, seria uma força bruta,
um ato sem perdão.
O amor sem lealdade e cumplicidade é um vulcão extinto,
um labirinto de desilusões.
É o corpo presente, a alma ausente vagando na imensidão
das incompreensões.
Transgredido perde-se no vazio como um pássaro sem direção.
Não pode ser um poço de vaidade, fingimento sem vontade, 
desamor e traição.
Quem manda no coração de tantos que muito é pouco,
e vivem de minguadas paixões.

Rosely Andreassa