domingo, 12 de julho de 2015

O QUE RESTA DE MIM


 

 O QUE RESTA DE MIM


O que resta de mim é muito meu,
Sobrou de tudo que Deus me deu,
Um tecto, família, fé e a coragem
Que me trouxe aqui numa viagem.

Sem bagagem e esperança, aqui
Cheguei para recomeçar a vida,
Partindo do nada sem rumo certo,
No meio urbano, futuro tão incerto.

Isolado fiquei, receoso me senti,
Mais do que tudo que eu perdi,
Inda conservei alguma dignidade,
Recomeçando tudo com vontade.

Recuperei a esperança de viver
Com maior fé e crendo no futuro,
Quebrei o gelo, saltei este muro.
Que tive receio d'eu não vencer.

Hoje respiro o ar puro que chega
Despoluído de tanta humilhação 
Que me afectou profundamente,
Expulsando-o da minha mente.

Ruy Serrano