Mente que não mente…
E eu que me pensei
Um ser diferente
Agora é que eu sei
Que o que sei sai da mente
Uma mente mentirosa
Que me engana de vez em quando
Mas há quem diga que é famosa
Porque tudo vai memorizando
É uma mente não demente
É uma mente pura e sã
E essa mente, ninguém desmente
Porque o que tem não é coisa vã
Brilha e ofusca ao mesmo tempo
Dependente do que se diz
Inebria-me naquele momento
Em que a ouvi-la me sinto feliz
É a mente dum cidadão
Que vive em comunidade
Fala, fala, é só paixão
E depois sente saudade
Na saudade vai-se vivendo
Pensando na brincadeira
E a mente vai fenecendo
Por manter a sua asneira
Foi assim que eu pensei
Foi assim que eu escrevi
À mente tudo eu dei
Da vida que já vivi.
Armindo Loureiro