quarta-feira, 30 de julho de 2014

OPINANDO…


Imagem - Bellissime Immagini


OPINANDO…


Opinar sobre ti é corcovar o mundo
Perante o meu ser… fazer o pino
E ir até à falésia circundante
Pelo cristalino olhar de quem teima
Esquecer o teu complexo ao segundo.

O minuto em que estou lá são sessenta
Segundos que não penso em decifrar-te;
São outras cousas, tais que a natureza
Me eleva pelos ares ao outro vento;

Vento de minutos que é eternidade,
Tal que quando me reviro o mundo
Teu está lá, e, eu nem tinha percebido,
Pois, viajei pelo universo numa outra alma.

O vento bateu forte, tal a saudade…
E, neste meu pensar trôpego e gigante
Não te quero decifrar, quero amar-te
Pelo minuto, tal o da natureza.

® RÓ MAR

LEMBRANÇAS BEM PRESENTES...


Lembranças bem presentes…


Palavras que vou dizendo
Depois de as tentar juntar
É um erro que vou cometendo
Pois não sei se te estou a amar

Sinto em mim tais arrepios
Quando as quero a ti dizer
São temas de tão frios
Do amor que me dá prazer

Lembro-me assiduamente
Daquilo que me dizes
E não o tiro da minha mente
Porque sinto que sóis felizes

Tenho saudade do teu abraço
Tenho saudades muitas de ti
Mas o tempo de tão escasso
Sabe que em ti eu não morri

No silêncio do teu sorriso
Ouço palavras amorosas
E assim perco o juízo
Nessas dicas tão jeitosas

Cubro-te com o manto da verdade
Lembro-te todo o meu sentimento
Num abraço de real saudade
Vai a verdade deste momento

Jamais te poderei esquecer
Por muito que julgues que sim
Ter-te assim foi o maior prazer
Porque te perdeste assim em mim.

Armindo Loureiro 

terça-feira, 29 de julho de 2014

PAISAGEM EMOCIONAL


PAISAGEM EMOCIONAL


Quadro pendurado na parede
repousa em mim.
Contemplo sua imagem
que se move conforme o tempo;
estado do que se passa em mim.
Vejo campos e riachos,
outras horas mares enfurecidos,
ondas que me atormentam.
Vejo gente praguejando sem parar,
outros inertes à onda que passa,
um ou outro levados pela crista
que na praia arrebenta.
Vejo namorados abraçados na areia
como o mar que beija a praia.

Fernando Figueirinhas

GIRA- GIRA... GIRASSOL...


 Imagem - Jackie Mangione Art Studio



GIRA- GIRA... GIRASSOL...


Gira- gira... girassol...
Bebe água pela fonte da certeza
E alumia as pálidas paredes de vida;
Reverte-te à luz do sol
E vive toda a sua profundeza.

Gira-gira... girassol...
Pinta a tua majestosa beleza
Ao ar, em cores múltiplas de aguarelas,
Refinando os tons às tristes janelas
Pelo dulçor das cortinas ao arrebol.

Gira-gira... girassol...
Devagarinho e em toda a destreza
Pelo parapeito que definha vida
E eleva-o ao teu jeito de real alteza;
Tal ele seja estrela tão igual ao Sol.

Gira-gira... girassol...
Bebe água pela fonte da certeza
E alumia as pálidas paredes de vida;
Tal e qual um astro de vela acesa
Pelo mundo que espera o nascer do sol.

® RÓ MAR

SERÁ QUE ESTOU ACORDADO?


Será que estou acordado?


Há dias em que, mal acordo
Mais parece que não dormi
Mais parece estar a bordo
Desse amor que eu senti.

Sonhei com ele acordado
Dormindo assim aos poucos
E no sono que me foi dado
Só tive pensamentos loucos

Mas bendita essa loucura
Que me faz sonhar acordado
É por ti… Ó bela formosura
E pelo amor que me foi dado.

Um dia quero assim adormecer
Nesse dito sono dos justos
Lembrar todo o meu prazer
Nesse amor sem quaisquer custos.

Lembrar-te hoje e para sempre
Tal e qual o que vi a sonhar
Jamais tirar da minha mente
Essa visão do meu amar.

Armindo Loureiro  

domingo, 27 de julho de 2014

DEFINITIVAMENTE, SÓ


DEFINITIVAMENTE, SÓ


Definitivamente,
só,
coloco o olhar na lua,
eu que pensava ser tua,
nela tenho a companhia,
vigia-me noite e dia,
fiel amiga, no degredo,
também está só, mas sem medo,

e o que antes era segredo,
é hora de partilhar,
tenho medo de não a ter, 
ao acordar...
medo que se canse de me amar,
medo que parta por medo,
de não poder ter luar.

abraça-me sempre que pode,
e toca-me com o olhar,
e o amor que sente explode,
deixa estrelas, ao passar,
estrelas que piso sem vê-las,

são o meu chão, 
o meu caminhar...

rosamar

sábado, 26 de julho de 2014

O MEU OLHAR... ERAS TU!


Imagem - Bellissime Immagini


O MEU OLHAR... 

ERAS TU!


Era tarde, quase noite, um breu de bramar ao céu;
Um vento cinzelado, que ligava o horizonte de norte a sul;
A paisagem, uma névoa que não se decifrava...
Mas, éramos felizes, o jardim estava lá, 
Naquele abraço ao vento de um amor, que era tudo; Um ilhéu
Que nossos olhares conquistaram; Um azul
Infindável que fermentava 
Aos poros ávidos de esperança.
Hoje, o jardim está lá, 
Só, ao Deus dará, já não é jardim,
Falta nele a semente que o maravilhava!
Era um dia tempestivo, mas nós estávamos lá e unidos.
Hoje já não, não consigo enxergar 
Flor alguma naquele pedaço de terra desabitado;
Vejo-o, vejo-me, só, um ermo, projecto de jardim 
Que não tem como germinar...
Não, não tem, faltas lá tu!
De que me vale a lembrança!?
O olhar já não é nítido, vejo cinzas desbotados,
Porque te perdi pelo caminho, o meu olhar.. eras tu!

® RÓ MAR

PALCO DA VIDA

 

PALCO DA VIDA


A sinopse foi lida, abrem-se as cortinas
E eu ali, na coxia da existência sem ação
Do palco da vida contemplei a vastidão
Inscrições, filmes poemas sem guarida
Esperando minha investida...
As cenas interpretadas pela minha própria ação
Protagonista do destino, ele estava em minhas mãos
Entrei na cena sem medo, me entreguei com emoção
Chorei com a beleza da vida, arrepiei com o perfume da flor
Sorri pela minha família, me arrasei ao perder um amor
Sofri com as dores da alma, sorri com momentos felizes
Procurei não guardar mágoas pra não formarem feridas
Dancei a luz do luar, derramei lágrimas ao amanhecer
Senti a brisa do vento bronzeei de sol meu viver
Pintei as mais lindas telas, das canções envaidecidas
Pautei todas as quimeras no lirismo esquecidas
Mergulhei em águas limpas, tomei banho de esplendor
Cobri-me de cachoeiras orei a Deus com fervor
Estendi as mãos para o belo, desburocratizei movimentos
Nos olhares mais singelos moldei os meus sentimentos
Estava montado o espetáculo foi aplaudido de pé
Pelas minhas convivências que me amam e botam fé
As luzes brilharam fortes no crepúsculo da tarde enfim
Continuarão cada vez mais lindas, se estiveres junto a mim..

Elair Cabral

SUSSURROS


Sussurros


Ouço a tua voz que me acaricia com versos de amor
através do vento que sussurra
na fragilidade do meu ser
embalando os meus sentimentos
por alguns momentos.
Nos meus ouvidos
ecoa a tua poesia,
como por magia,
ouço-te dizer que me amas
na forma de um verbo de amor infinito
no final de mais um dia.
Tudo o que me dizes
é musica para a minha alma
e nestes sussurros me perco e me encontro
enquanto sonho acordada
no meu leito deitada.
Sussurra o vento que bate na janela
fazendo a tua voz presente 
e sinto o coração a palpitar 
numa louca ansiedade 
de amor e saudade!

quinta-feira, 24 de julho de 2014

MENTE QUE NÃO MENTE...


Mente que não mente… 


E eu que me pensei 
Um ser diferente 
Agora é que eu sei
Que o que sei sai da mente
Uma mente mentirosa
Que me engana de vez em quando
Mas há quem diga que é famosa
Porque tudo vai memorizando
É uma mente não demente
É uma mente pura e sã 
E essa mente, ninguém desmente 
Porque o que tem não é coisa vã 
Brilha e ofusca ao mesmo tempo 
Dependente do que se diz 
Inebria-me naquele momento 
Em que a ouvi-la me sinto feliz 
É a mente dum cidadão 
Que vive em comunidade 
Fala, fala, é só paixão 
E depois sente saudade 
Na saudade vai-se vivendo 
Pensando na brincadeira 
E a mente vai fenecendo 
Por manter a sua asneira 
Foi assim que eu pensei 
Foi assim que eu escrevi 
À mente tudo eu dei 
Da vida que já vivi.

Armindo Loureiro 
 


O TEMPO É BREVE…!


Imagem - Karina Llergo Salto Art


O TEMPO É BREVE…! 


Gira a terra em torno de uma revolta compulsiva, 
Contornando névoas de tão abismo… 
Um mar tempestivo, um ar que sufoca as gentes! 
O sol é um catolicismo 
E a vida a ossada que sustenta as combalidas almas. 

O tempo é breve e a fúria sucede efusiva 
Pelo labirinto sem saída! 

Gira a terra em torno de um torvo ciclone 
Que enfada os que ainda são almas 
E sucede-se o cânone 
Do velho Adamastor… 
Não se sabe se desta restará 
A epopeia para a posteridade! 

O tempo é breve e não deixa saudade! 

Gira a terra faminta de um pingo de amor, 
Trémulos corpos são estrato de dor 
E é a esperança que serenará! 

O Tempo é breve e não chega a ser vida! 

® RÓ MAR 

quarta-feira, 23 de julho de 2014

FRÁGIL MEMÓRIA

 

FRÁGIL MEMÓRIA


Nesta frágil memória
vagueio como ave sonâmbula,
escorraçada do ninho
que um dia foi leito
acolchoado de penas de cisne branco.

De regaço vazio, e mãos sofridas
navego nas sombras perdidas,
de boca calada a dobrar as esquinas
na companhia da lágrima com pressa de partir...

Esvaiu-se o rumor da noite
junto das paredes de granito,
onde vou deixar meu grito
prelúdio de tempestade,
onde mora a saudade 
coberta de manto sem cor
a que eu chamo saudade,
saudade apenas, sem dor.

Margarida Fidalgo

A CAMINHADA DA LAPINHA

 

A CAMINHADA DA LAPINHA 

“Aos peregrinos da Lapinha”


Vieste à clara luz no seio das penedias
Reclamando aos humildes a Tua existência
E foste para eles a vida e a clemência
Num oceano de Fé, de louvor e alegrias.

Contrariedades, malefícios e epidemias,
Negras fomes e secas e vil maledicência,
Miséria de colheitas e do pão carência,
São os reclamos, sem nenhumas fantasias.

Sublimaste nos simples a Tua identidade
Erguendo a Caminhada repleta de paixão
Naquele vizinho vale do coração do Minho.

Num rio de cantares e de terna ansiedade
Tens feito levantar solidária devoção
Trazendo à pedra Senhoras d´ outro caminho…

Senhora da Lapinha, à entrada do Verão,
Levas contigo os povos, as Virgens, a Nação!

Frassino Machado

In ODISSEIA DA ALMA

ANJOS PÁLIDOS


ANJOS PÁLIDOS


Sonho em poder te falar das flores
Que em meus segredos floresceram
Regadas por raios de luz perfumes e cores
Esculpidas por minha saudade cresceram

Pétalas em maciez de veludo raro
Dançam como bailarinas em concerto
De anjos pálidos a seguir o voo de Ícaro
A queimar de sol e a beijar desertos

Mas, meus versos te dirão verdades
Que as flores guardam em sanidade
Neste meu cantar e versar de dor

Se não suportar a corrente da distância
Vem meu amor me trazer esperança
De contigo viver esse fascinante amor

Elair Cabral

NOS CANTOS DA VIDA...


Nos cantos da vida…


Nesse canto, que encanto
Se apenas eu e tu
Cobrir-te com o meu manto
E adorar teu corpo nu.

Adoro-te à minha maneira
Quando te vejo ali ao canto
É superior a nossa brincadeira
E em meus olhos é só espanto.

É um espanto descomunal
Por te ver assim ao lado
Tens um corpo tão divinal
Quando o canto me é dado.

Tu te dás assim a mim
Nesse canto de tal encanto
E eu gosto que seja assim
Gosto de ti… Eu gosto tanto.

Quero degustar o teu encanto
Nesse canto ou noutro qualquer
Deitar-te ali sob meu manto
Fazer de ti a minha mulher.

És a mulher que me encantas
Não o digo de qualquer maneira
Vejo por aí algumas santas
Que me pedem uma só asneira.

Respondo-lhes com outra
Se é que elas o atingem
Minha alma fica louca
E no canto a afligem.

Mas que raio de aflição
É esse meu sentimento
Quando repleto de paixão
Fica à espera do momento.

Armindo Loureiro  

ÊXTASE SENTIMENTAL


ÊXTASE SENTIMENTAL



Amo-te neste silêncio de palavras, 
voz do pensamento que ouço,
som que sai do peito, 
gemidos de alma aberta.
Amor em trânsito sufoca 
o ar que entra e sai,
espectáculo inédito sem plateia,
murmúrios afoitos ao sentir.
Quebram-se todas as correntes,
espalham-se rumores do acto, 
sentimentos proclamados 
em voz alta. 
Festa agitada em nossas mentes, 
quando chega o momento esperado 
na graça do amor feito. 

Fernando Figueirinhas

segunda-feira, 21 de julho de 2014

OLHARES


 OLHARES


Um turbilhão de sentimentos
e separa-se apenas..., um
para o sentir físico, até por uma questão
de dignidade.
Depois o olhar volta-se
para os milhões de outros olhares
Olhares vagos, opacos e sem ver,
mas voltados em sua direção
Aí, num raio de luar chegam os olhares
admirados, emocionados, valorizados...
E esses precisam de devolução...
com olhos de “ver”!

Elair Cabral

domingo, 20 de julho de 2014

AMIGO…


Imagem - Bellissime Immagini


AMIGO…


Amigo é aquele que não se acanha de amar na hora certa;
O que está sempre perto e mais perto quando estás carente!
Amigo é aquele que dá a cara e mostra ao mundo
Que te ama de verdade, não o que joga por interesse!

Amigo é muito mais que um valor é um ente
Que vive contigo sempre, mesmo que distante
Está sempre de coração e alma no teu mundo.

Amigo é uma face tua que é vida
Em todo o ser que amas e que queres ver crescer!
É muito mais que um simples dizer, é um olhar
Cúmplice de tantos afazeres que são laços humanos de se ver!

Amigo que estás por ai, ou aqui tão perto, um alerta
Que não vais levar a mal! - Sou tua amiga mesmo sendo tu quem és,
Pensa que o mundo seria melhor se tu fosses diferente do que és!

Amigo, olha… eu só te quero amar;
Lembra-te sempre que há um mundo que te ama;
Lembra-te sempre de comtempla-lo com o que há de melhor em ti.

Não queiras ser o rei do mundo e o deus de ti
Sente e dá a conhecer ao mundo
Os reais sentimentos que há em ti,
Liberta-te dessa teia que a vida tece, ama-te e ama!

® RÓ MAR

sábado, 19 de julho de 2014

NUNCA É DEMAIS


NUNCA É DEMAIS


Falas tanto de amor, dizem-me.
Porquê tanto?
Amor é destino; foi, é, e sempre será.
Nada mais sou que um dia não tivesse sido,
fui amado por aqueles que não conheci,
que tiveram amor por outros que haviam de vir.
Viam ao longe, além do tempo, que o amor persistia.
Fui amado por quem vi, estacas cravadas na casa-mãe,
espírito-herança de campos virgens.
Houve um primeiro antes deste, obreiro de canto inacabado
cujo lema é contínuo. Escondem-se as palavras,
agora mostradas em seres que vivem.
Outras virão em nome daqueles que a saudade levou; 
Algo há que houve e que fica além da vida.

Fernando Figueirinhas

sexta-feira, 18 de julho de 2014

ENTRE OS DEDOS…


Imagem - Voyage au coeur de l'Art - Travel to the heart of the Art


ENTRE OS DEDOS… 


Entre os dedos escapam tão vazios, 
Risadas que não têm nada… 
Ocos são estes dias… loucos pavios 
Da vasta jornada que tem a vida. 

Algures, ouve-se o céu a brilhar, 
Risadas que não se olham, ligeira 
Névoa de um qualquer raiar… 
Porque a vida é uma enorme canseira. 

As lágrimas descaem num silêncio profundo… 
Tão silente que nem se sente, risadas 
Que entre os dedos madrugam, deleitadas 
Pelo poço que é tão largo quanto profundo. 

Entre os dedos unge-se a correnteza 
Que têm estes dias, loucos de certeza… 
Não se vê nem se sente nada… 

Somente uma réstia 
Saudosa que embate entre os dedos à poesia. 

® RÓ MAR 

BEIJO-TE ASSIM...


Beijo-te assim…


Com a tua face encostada
Ali junto ao meu rosto
Vejo uma luz espelhada
Que é mesmo a meu gosto.

Vejo esse teu ardor
Em beijos de alegria
E também de amor
Mesmo que em Poesia.

Sussurras-me ao ouvido
Palavras de muito amor
E eu nelas tomo sentido
São suspiros de muita cor.

São desejos transbordantes
Em beijos de tão ardentes
E assim naqueles instantes
São ânsias em nós presentes.

Respondo-te da mesma maneira
Em beijos que te incendeiam
E que mostram a brincadeira
Em que os lábios se enleiam.

Armindo Loureiro 

Musa DO Mar



Musa DO Mar


Vai, mas não me digas
que já destes o teu coração
a outro que não mim...?
Musa do mar, vida perdida 

porque me deixas assim...?

Destróis o sentido dos meus dias.
Que sem ti, ficam em vão !
Vai, mas não chores e nada digas nunca ...
falso de mim não...!
Que destroças ...
este pobre coração...!

Luz com que iluminavas ...
a negridão do meu olhar...!
Sem ti musa do mar 
minha poesia pode cessar ...!

Tudo, tu viste de mim...!
Conheces, tudo!
Musa de mar sem fim...!
Porque finges...?
E dizes que esqueces... !
As dores que te doem 
as passando para mim ...?

Não chores nunca musa do mar 
assim passas, na minha vida ...!
Com o teu falso chorar 
que por ti já vai perdida ...!

Passa musa do mar ,e vai...
não chores as nossas culpas...!
Das mentiras a tua vida levar 
e eu assim te querer...
para te ter e amar ...!

Vai musa do mar 
porque minha poesia esmoreceu ...!
Em falta das tuas inspirações
agora aqui quem chora sou eu ...!

"AMAR É AGORA"

(M.S) Mario Sampaio

quinta-feira, 17 de julho de 2014

POR SENTIR AMOR


POR SENTIR AMOR


Se fechas os olhos quando o vento te sopra nos olhos
e sugas, da chuva, as gotas que te caiem nos lábios;
e se, de olhos cerrados, vês aquela que amas
e na língua reconheces o gosto de um beijo dela,
tu és um poeta. 
Mas se acaso não tens tu um poema que te cresce,
o que tens na vista e no palato são restos de ontem.
Qualquer poeta desejaria ter tido um ontem igual ao teu
para, sem ter de fingir, descrever tudo do mesmo jeito,
por sentir amor.

Sérgio Lizardo

NECESSIDADES AMOROSAS...


Necessidades amorosas…


Precisei do teu amor
Numa dose de doçura
Era azul a tua cor
Repleta de ternura

Vivias com alegria
Todo esse teu querer
O amor em ti cabia
Era belo o seu prazer

Vacinaste-me dessa forma
Num acto de capacidade
Mas que bela era a norma
Desse amor na tua idade

Era a tua conveniência
Numa luta consentânea
Vivias a minha presença
Na amizade momentânea

Desejava o teu amor
Assim como o vivi
Era tanto o teu calor
Que em mim logo o senti

Compreendo que não é igual
O amor que em mim acontece
O teu quase sempre me faz mal
Mas de ti ele não se esquece.

Armindo Loureiro 

quarta-feira, 16 de julho de 2014

REVERÊNCIA AO VERSO


REVERÊNCIA AO VERSO


Fascinante, maravilhoso
A vida em versos cantar
É um apaixonar gostoso
Força de amar e encantar

Palavras mágicas fluindo
Sem licença para adentrar
Os corações vão invadindo
Num fascinante e terno bailar

Quem me dera ser poeta
Em teus braços flutuar
Livre de rimas e métricas
Apenas, teus lábios beijar

Fazer os versos mais lindos
No teu oceano navegar
Em barcos de amor infindos
Sob a prata do luar delirar

E assim, unidos no verso
Viver o que vida determinar
Longe dos frios reversos
Nosso amor reverenciar!

Elair Cabral

terça-feira, 15 de julho de 2014

FLORES TANTO SÃO...


FLORES TANTO SÃO...


Flores tanto são... bens da natureza 
Que exalam o frescor de mui beleza; 
São terra e também quimera que volve 
Pétalas pelos ares em cetim tão leve. 

São cristais da atmosfera que brilham 
Tanto quanto o sol... são essências raras, tão 
Olores exímios difundem pelos ares, 
Quanta viscosidade em seus raiares! 

São manhãs primavera, noite ao luar... 
Quantas canções de amar... estrelas pelo ar! 
São flores... são vida em terra e pelo mar. 

São o doce vento Agosto que a natureza 
Brinda de Maio a sempre pelo beijo tão 
Nobre, semente real... Flores tanto são. 

® RÓ MAR 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

VISÕES ETERNAS...


Visões eternas…


Desafias-me no teu olhar
Numa pose misteriosa
Tens um corpo de se amar
Beijo a tua pele mimosa

És um doce apetecível
Porque sabes ser mulher
Nesse teu jeito tão sensível
Nesse brilho que alguém quer

Brilhas numa aura de luz
Uma estrela que é solar
Tua alma em mim reluz
E a minha te quer amar

Sinto-te completamente
Como se fosses de sempre
E já não te tiro da mente
Porque contigo estou contente

Quero pois acreditar
Naquilo que meu olhar vê
Nesse olhar de tanto gostar
É o que minha alma em ti lê

És antiga e és moderna
Nesse teu jeito endiabrado
Mas és tão boa pequena
Que meu olhar fica parado.

Armindo Loureiro 

MODELOS E EXEMPLOS

 

MODELOS E EXEMPLOS


Não há modelos, há exemplos.
Não há regras estritas,
há a consciência, há como tê-la.
Há o desejo dessa consciência
porque dela vem o amor.
Há a dinâmica do movimento
porque há o querer,
impregnado do mais alto sentido
de uma vida, mundo ideal.
Há o desejo de amor vincado no ser,
que se manifesta no acto de se dar a conhecer.
Há o espírito no íntimo, princípio de tudo
que dá forma ao ser.

Fernando Figueirinhas

AS BARONESAS DE SEZIM

 

AS BARONESAS DE SEZIM


Fresca manhã de cristalino brilharete,
Encosta ornamentada em manto de ternura,
Eleva-se em esbelta e clara desenvoltura
A rósea silhueta de um nobre palacete.
Numa amplitude que espanta e reverdece
E na harmonia de um colorido à mistura
Eis um angelical hino em suave partitura
Qual delicada sinfonia em ramalhete.

Recostadas no solarengo varandim
Acolhendo do sol seus raios matinais
Esperavam as Baronesas de Sezim.
(Duas octogenárias meninas. Numa janela
O mordomo plantado atendia os sinais
E os gestos que faziam, qual fiel sentinela.)

- Ó Tininho, diga às senhoras que já cheguei.
- Meninas, Francisquinho trouxe as cantilenas.
E, como tudo se deve fazer como é de lei,
Já temos pr´ acompanhar as nossas novenas!

O Santo Arcanjo assim o providenciou:
Houve carinhos e bom almoço… E o tempo voou!

Frassino Machado

In MUSA VIAJANTE

SER LIBERDADE


SER LIBERDADE


Não,
não quero voar, 
ao sabor do vento,
levarei as minhas asas
onde levo o pensamento,
e serei sempre inteira,
mesmo que o mundo
não queira,
aceitar o que sustento,
se me pauto p'la verdade
é p'ra ter a liberdade
de voar como quiser,
pago caro, ser mulher,
liberta de preconceito,
e a Ser tenho direito,
conquistei esse poder,
ninguém me põe a mordaça,
ninguém cala a minha voz,
sou Liberdade que passa,
diante de todos vós...

rosamar

https://www.facebook.com/rosa.martins.

domingo, 13 de julho de 2014

LIVRO ABERTO


LIVRO ABERTO


Uma página em branco a espera da linda pintura
Para juntar-se a mais uma e elaborar a estrutura
Seguir desenhando uma história da vida em trajetória
Cada página é uma flor no buquê das mil vitórias

O livro da nossa vida é o tesouro a se vigiar de perto
É dádiva poderosa afirmar que somos um livro aberto
Que possamos dar leitura sem amarras, complicação
Onde possa se ler as verdades e as linhas do coração

Escrever a nossa história de maneira convincente
Não precisa buscar palavras é o viver simplesmente
Porque a vida se encarrega de escrever cada atitude
Se agirmos com verdade com garra e serena licitude

Espero que o livro da minha vida seja relíquia a ser lido
Por minha família e amigos com orgulho enternecido
Pois, a cada passo da estrada a vida vem registrando
As curvas, as retas, as margens e com amor ilustrando

A cada página escrita terá no rodapé a incrível citação
“À Deus e aos meus, à garra, ao discernimento, emoção”
Regados a cada dia pelas águas das convivências
Eternizadas letra por letra, no livro da minha existência!

Elair Cabral
 

sábado, 12 de julho de 2014

VISÕES DE SOL...


Visões de Sol…


Uma pedra alcandorada
No mais alto do teu ser
E tu ali bem descansada
Num degrau… Ai que prazer
Metes nos olhos uma pala
Para o Sol não te ferir
E teu coração não se cala
Nessa beleza vai o sentir
Num dia esplendoroso
O Sol em ti se entranha
Abaixo um rio famoso
De ti ele não se acanha
O que uma pedra nos diz
Num dia a esse igual
É que o amor anda feliz
E nem o Sol nos fará mal
Não faz nem poderia
Porque ele gosta de vós
Nesse olhar tanta alegria
Já que o tempo não é algoz
É para mim um bom momento
Ver-te ali assim sentada
Também já tive o meu tempo
De o olhar na minha amada.

Armindo Loureiro 

NÉCTAR DE POETAR


Néctar de Poetar


Eras, quimeras,
Um show da lua pelos céus
Da estação, firmamento azul-marinho,
Bordado em brilhantes, lantejoulas
Amantes do olhar, inebriado, artesão!

O gelo fino,
Oh, geada pintando de branco
Toda relva, banho de luar,
No colo as contas de pérolas,
Na fala a canção em rimas, Atenas!

Queres voar, pois escolha seu destino,
Não só os poetas voam com os pés ao chão!

Em todas as palavras, seja paixão, 
Em todos os versos, seja amor!

Na fruta, o sabor dos deuses, 
O vinho na sua essência
Enfeitada, enfeitiçada de seio, 
Desnudo ou em xale lavanda, 
Um blues para poetar, amar!

Um gole de poesia, outro de poema, 
Um sonho lindo de viver!

Auber Fioravante Júnior

Porto Alegre - RS


sexta-feira, 11 de julho de 2014

SOMOS

 

"SOMOS"


Somos como pássaro
que estremece de medo ai cair do ninho.
Como lágrima a irradiar luz de sofrimento
Tingida de mascarilhas de aparências...

Somos como neve,
Que é tão bela e branca quando cobre os montes
Que perde toda a beleza aos primeiros raios de sol,
E dela resta a imagem que encantou por breves segundos.

Somos como um olhar de fogo
Quando a paixão inunda a nossa alma,
Cega o que é certo, e ilumina o que está errado
Somos atores no palco oco de fantasias
A carregar relâmpagos de nuvens eletrizadas.

Margarida Fidalgo

ESTRELAS DE POETA!


Imagem - collecting stars by libelle (Elisabeth Zartl)



 ESTRELAS DE POETA!


Passeando a noite ao luar,
Sempre à medida certa,
Brilham quão almas... Estrelas de poeta!

Pelas mãos que têm sempre a medida
Certa a dar e receber a vida
Colhe-se e dá-se à noite
Uma estrela aqui e outra acolá;

Estrelas que passeiam a noite de lua cheia
À estrada da vida, tantos sonhos quanto o luar;
Saltitam de mão-em-mão e voam-se estrelando
O meu olhar e outros tantos de poesia.

Pelos olhos que têm sempre a medida certa
A ver, ler e procriar multiplicam-se estrelas
E a lua brilha sempre mais às janelas
Que são sempre a medida certa!

Quanto basta para a noite ser magia
Em toda a parte, o universo tão azul
Que se gira em torno da nobre fada
Que é minha e de tantos estrela guia.

Quão caminhos de luz são cá e lá!
Mãos que têm sempre vida a amarem
Aqui e acolá;
Olhos que reluzem sempre a par.

E, pela ciranda quero ser
Até ao amanhecer!

Uma estrela ali, outra acolá
E o planeta eleva-se pelo azul
Que têm sempre a medida certa
Aqui ou acolá.

Que é minha melodia e de tantos também,
A que é princesa em tanto mundo
E que é também
Vassala ao luar!

E, pela noite ao luar tantas são
As estrelas que saltitam!

Quantos pedaços de alvo coração
Que têm almas de gente,
Que têm sempre a medida certa!
São mãos amigas, são fadas pela noite;

São sonhos que vivem;
São recortes do céu que flutuam
Pelas almas que têm
Luz. Quanta luz, e, azul!

Passeando a noite ao luar,
Sempre à medida certa,
Brilham quão almas... Estrelas de poeta.

® RÓ MAR

ENCONTREI-TE


ENCONTREI-TE


Viajei deixando meus rastros no pó das estrelas
E admirei as montanhas majestosas, verdadeiras
Livres de pontapés, pois só se tropeça em pedras
Perde encostas se repõe império sujeito à quedas

Sufoquei o baú dos sonhos para viver sem saudade
Deuses e terras lendárias bordados em majestade
Observei fria e distante pensando viver sem ser
Essa metamorfose serena em raios de amanhecer

Ouvi a transpor paredes de vidro, violinos em sinfonia
Mãos de serafins dedilhando as cordas do esplendor
Ignorando os crepúsculos entoando canções de amor
Em notas de sapiência nas pautas da melodia

Encantei-me nas imensas ondas do bravo mar
O vasto domínio dos oceanos no comando soberano
O sal de suas entranhas queimando o lacrimoso olhar
Ao longo percurso dos rios que correm livres do insano

Olhei ao longe a noite de belas estrelas, a girar no circular
Pintando quadros fantásticos salpicados de prata da lua
Em caminhos das galáxias o céu tecido em doce amar
E quando as fases declinam no breu a criação continua

Contemplei a tudo e todos, mas nunca me admirei
Esquecida de me amar seguia em torpes silêncios
Pedras não impediam foi sorrindo que chorei
Meu espelho reclamava e meu consolo eram lenços

Encontrei-te poeta amado nos versos do alvorecer
Enfeitamos nossa rede com flores da primavera
Farfalhei as convivências com pétalas de bem querer
Engravidei de beleza e recuperei as quimeras

Elair Cabral

segunda-feira, 7 de julho de 2014

A SAGRADA ERMIDA


 A SAGRADA ERMIDA


No cume da montanha do meu horizonte,
Colina esbelta entre todas as serranias,
Passa a brisa de verão e o rigor das invernias
Nesta sagrada ermida "Senhoras do Monte".

Pedaços de granito e o azul do céu defronte,
Local idílico pra romeiros e agonias,
No seu ventre se escondem três Virgens Marias
Que do repouso e graças são a fresca fonte.

Morada de mistério que provoca espanto
Trovejam raios e coriscos ali à volta
E continua o tabernáculo sempre santo.

Acorrem cada ano largas peregrinações
E nada e ninguém assusta o diabo à solta
Antes, pelo contrário, ali ficam os corações…

Senhora da Conceição, do Carmo e da Piedade
Dai lenitivo e bênçãos à minha saudade!

Frassino Machado
In CANÇÃO DA TERRA´

VEM VER O MAR... COMIGO!


Vem ver o ma… Comigo! 

 
Convidei-te para ir ver o mar
Sob um luar auspicioso
Não me quiseste acompanhar
Fiquei um pouco choroso
 
Via-te ali todos os dias
E vi em ti uma certa tristeza
Eras a fonte das minhas alegrias
Porque teu olhar irradiava beleza
 
Um sorriso com tal beleza
Merecia muito melhor sorte
A infelicidade era uma certeza
Que te levaria até à morte
 
Não era isso que eu queria
Ao reparar no teu belo olhar
E eu não sei o que seria
Se não te viesse a amar
 
Por isso tu vem comigo
Vem ver o mar salgado
Podes crer eu sou amigo
E quero ser o teu amado
 
Não te quero ver sozinha
Quero ser o teu mais que tudo
Quero-te a meu lado ó Rainha
Não me deixes ficar mudo
 
Armindo Loureiro
 

HAVERÁ, SIM, BEIJOS… SÃO BEIJOS, SIM,…


Imagem- Aimer la Nature (Love the Nature)


HAVERÁ, SIM, BEIJOS… 

SÃO BEIJOS, SIM,… 


Haverá beijo mais suave, doce, perfumado 
E puro que o beijo da alma!? 
Haverá beijo mais luminoso e sensato que o beijo ao olhar!? 
Haverá, sim, lábios que não sentem o beijo 
E haverá beijos que não conhecem lábios! 
Haverá, sim, tantos beijos articulados ao espaço 
E haverá tantos lábios que se quedam de desejo! 
Haverá almas que se cruzam aos jardins da natureza, 
Tais flores de seda que transbordam beleza. 
São as almas eternas que fecundam os lábios 
E amanhecem grávidas de Sol que nasce ao olhar. 
Haverá felicidade maior que sentir o abraço 
Mesmo que longínquo de tal fenómeno!? Almas 
Que se tocam num ínfimo ponto do Universo... 
São as vidas que têm gosto de ser beijadas pelo além; 
São viajantes de sentires que perpetuam o espaço 
E abraçam a terra em olhares que acendem ao verso 
Mais raro e belo que alguém 
Concebeu! São lábios, sim, de orbitas ancestrais 
Que planeiam a terra e habitam os castiçais 
Que dão luz à humanidade… 
São beijos, sim, de tantas almas 
Quantas as vidas que amam a eternidade. 

® RÓ MAR 

domingo, 6 de julho de 2014

RECORDAÇÃO DA PENHA




RECORDAÇÃO DA PENHA 02 – 

Frassino Machado
(Réplica a Abel Cunha)


Abel Cunha:

De manhã cedo, em tempos que lá vão,
Corrias, sem esforço, até à Penha;
Fervia ainda o leite no fogão
E logo regressavas da montanha.

“Vou ali e já venho”, então dizias,
E, em menos dum susto, aparecias.
Tenho a certeza que era a devoção
Que te levava nessa direcção.


Frassino Machado:

Sim, muito cedo, em frescas manhãzinhas,
Correndo calmamente até à serra,
É uma recordação das muitas minhas
Que sinto daquela Penha e da nossa terra.

Uma légua, partindo de Nespereira,
Chegares ao pé da serra, que trabalheira.
Ficaste no sopé e eu fui lá acima
Não tanto por devoção, mas auto-estima…

Foi uma direcção, sempre sonhada,
Ir subindo naquela ou noutras penhas
Ao fim da tarde ou na fresca madrugada
Passam os sonhos e ficam as montanhas.

E a magia da serra, essa, continua:
A Senhora, a paixão, a minha e a tua!

Frassino Machado

In CANÇÃO DA TERRA

SUA ESSÊNCIA


Imagem - Google


SUA ESSÊNCIA


Envolva meu corpo com a essência de suas flores e impregna minha alma com sua sensibilidade, para que meus desassossegos curvem-se a sua fragrância e coloquem em erupção este extinto vulcão, e assim, eu possa flutuar em seus acalantos! Em brumas de madrugadas que dormem, no silêncio aconchegante eu possa sentir com ternura o seu acarinhar em veludo de pétalas de rosas a roçar com suavidade o âmago de meu “ser” e ao movimentar-me pelos caminhos traçados eu coloque os chinelos em pés certos a revelia da penumbra crepuscular de intrusas intempéries. Em porto seguro, mesmo por momentos, a tatear resquícios de amargura, eu vista a roupa, livre de avessos e alinhe o desgrenho dos cabelos. E por isso eu te peço amor: - Envolva-me na essência de suas flores, impregna minha alma com sua sensibilidade e sejamos um, envoltos em véus de suaves dégradés.

ÉS UMA FLOR...


Imagem - Jordi Rollán 


És uma flor…


De forma pausada
Eu tive o teu amor
Só teu, minha adorada
Que beleza de calor

Comecei a conhecer
O âmago da existência
Foi belo esse prazer
E me deu muita apetência

Disseste-me o que querias
Deste-me o corpo teu
E eu não sei se saberias
Que com todas as alegrias
Subi junto contigo ao Céu

Agora que te conheço
Até de olhos fechados
Não sei se aconteço
Ou se só me pareço
Em tempos tão ousados

Tateio esse teu corpo
E dele fico pendurado
Num olhar absorto
Sinto que fico torto
És em ti um Eldorado

Foste um pouco desconhecida
Mas agora já não o és assim
És para mim a mais querida
A quem darei a minha vida
És a flor do meu jardim

SEJA ARTE… SEJA NATUREZA


Imagem - Bellissime Immagini


SEJA ARTE… SEJA NATUREZA 


O que seriam os Poetas sem a natureza, 
O que seriam os Poetas sem os mestres da arte, 
Que nas telas e demais artifícios 
Moldam tamanhos ofícios!? 

Se a poesia é uma arte muito o deve 
À natureza e aos artistas que dela compõem beleza, 
Musas do seu dom que inclinam a suave 
Luz pelo branco pergaminho 
E fazem girar o belo sonho. 

Seja arte, quer escultura, 
Poesia, música ou pintura 
Seja natureza 
Que se vive 
Na alma e coração 
Da vocação. 

O artista constrói o poeta 
O poeta constrói o artista 
E ambos constroem a natureza. 

® RÓ MAR