DIA DE PORTUGAL, DE CAMÕES
E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS
TESTEMUNHO DE JORGE DE SENA, em 1977
“Sendo Camões o maior escritor da nossa língua que é uma das seis grandes línguas do mundo e um dos maiores poetas que esse mundo alguma vez produziu (ainda que esse mundo, na sua maioria, mesmo no Ocidente, o não saiba), ele é uma pedra de toque para portugueses, e porque tentar vê-lo como ele foi e não como as pessoas quiserem ou querem que ele seja, é um escândalo. São essa pedra de toque e esse escândalo o que, neste momento solene, a três anos de distância do 4o. centenário da morte do maior português de todos os tempos, vos trago aqui, certo e seguro de que ele mesmo assim o desejaria. E, antes de mais, peço que, nas minhas palavras anteriores ou nas minhas palavras seguintes, ninguém veja ataques ou referências pessoais que não há; tenhamos todos, tenham todos a humildade de reconhecer que, quando se fala de Camões e de Portugal, não podemos pensar em mais ninguém.”
Excerto de discurso do Poeta, na Guarda em 1977
HOMENAGEM AO POETA LUÍS VAZ DE CAMÕES
C A M Õ E S
De espada na mão
Seguiste lutando
Como bom guerreiro
De orgulho leal.
De pena na mão
Seguiste cantando
Os feitos grandiosos
Do teu Portugal.
Camões, ó eterno luso
Caído em desuso
Por esse país,
Não há aí quem chegue
Nem nunca consegue
À tua raiz!
Tuas rimas de oiro
Souberam levar
A todos os homens
Mensagens de amor.
Tuas rimas de oiro
Vão continuar
A ser ainda hoje
O que há de melhor.
Camões, ó eterno luso
Caído em desuso
Por esse país,
Não há aí quem chegue
Nem nunca consegue
À tua raiz!
Frassino Machado
In MENSAGEIRO CANTANTE