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O BEIJO DAS ONDAS
A dançar ao beijo das ondas
Um barco pequeno...
Feliz viagem,
em resquícios de lucidez!
Num piscar de olhos
encontra-se a vagar em turbulências
Perdera a direção em noite tempestiva
Agora, sem rota...
Balança a mercê do vento que
sopra a revelia do tempo e perde-se
a esculpir imagens indecifráveis
Desnorteado...
A música murmura ao longe
Inaudível, pode-se dizer...
Mas a dança continua
Quantas notas serão necessárias
para que se acerte o compasso?
Âncoras? Perderam-se
Velas? Trapos...
Conserva-se o leme!
Menos mal...
Nuvens dispam-se dos raios
Deixem a chuva partir,
e o vento secar as lágrimas das árvores
Silencie os arroubos,
para que o leme direcione o barco rumo ao sol!
Elair Cabral