Imagem do Google
Mar de palavras e silêncios...
Ó luzente e penetrante mar de palavras
Que entornas a candura dum silêncio atroz…
Desembocas, revolto, o grito surdo - a voz...
Das naufragas aves neste sopro que lavras.
Entranho! meus alvos brados cegados ao luar,
Das naufragas aves neste sopro que lavras.
Entranho! meus alvos brados cegados ao luar,
Entoando. Um oceano bravio de ternura,
Correndo nas veias cristalinas deste mar
Quanta nobreza! quanto sal! quanta doçura!
Quanto alabastro! arfando nas ondas… se for...
Quanto lastro! levemente singrado d´amor
Quantos sentidos inflamados… deplorados!
Quantas rimas! ainda se soltarão ao vento...
Quantas estrofes! inacabadas no tempo...
Quantos poemas serão, em meu peito, flamejados!
Helena Martins