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Pétalas do tempo…
Semeio as pétalas nas páginas gastas desta sebenta
gastas pelo tempo
gastas pelos devaneios ou pelos anseios
e até pelos ventos que mudaram o rumo da vida...
Germinaram no silêncio do sentir
enquanto as liras soavam e embalavam
as novas cores… os novos sabores…
Este quadro olhava-me extasiado
provocava-me
talvez até um pouco preocupado…
enquanto as liras soavam e embalavam
as novas cores… os novos sabores…
Este quadro olhava-me extasiado
provocava-me
talvez até um pouco preocupado…
Sou eu
naquele momento mágico da transmutação
quando a voz do coração difere da voz da razão
quando se lavam as lágrimas que infestam os caminhos
quando a brisa nos afaga com carinho
a luz brilha no perfume do tempo
o sândalo perfuma o ar e abre as portas de par em par…
A abertura emocional acontece
soltam-se- me pedaços de razão
a passagem do trilho desintegra o véu diáfano do tempo
os degraus preenchem-se de flores
flores estáticas com a força de um sorriso
donde escorrem lágrimas em silêncio…
A flor também chora… feliz!
Mariana Loureiro