REFÚGIO
Arquétipo dos espaços de refúgios imaginários
Sou uma ilha adequando-me aos movimentos
A buscar com loucura o efêmero eldorado
A desvendar equações marítimas, lamentos;
Sepultando quimeras caio em desventuras,
pelas geleiras esquiando a dor que me devora,
relendo meus escritos em páginas frias e nuas
Nada gravado restou, apenas rastros de outrora.
Busco no cosmos a pauta feliz que me inspire
Constelações poéticas que eu mesma admire
Um farol para iluminar e guiar meu coração;
Flutuar nas fortes ondas desse mar encantador
Tremer com o beijo louco reverenciar o amor
Deixar o vento trazer os lírios da emoção.
Elair Cabral