terça-feira, 10 de junho de 2014

PORTUGAL, MEU AMOR




PORTUGAL, MEU AMOR 


Portugal, meu amor
Meu destino por cumprir
Sebastião amordaçado na memória
Mensagem num horizonte sempre longínquo
Gaivota triste em cais de fome.

Portugal, meu amor
Minha pátria dos que partem
E dos que esperam
Por melhores dias 
Que tardam em chegar.

Portugal, meu amor
Das gentes desavisadas
Das gentes desabituadas
Da coragem de dizer NÃO.

Portugal, meu amor
Do povo amortalhado em tristeza
Confuso no seu viver dos dias
Que chora para dentro
Envergonhado demais para confessar a dor.

Portugal, meu amor
Liberta-te do Fado
Solta o teu grito
Dobra novamente o Cabo das Tormentas
Constrói a Boa Esperança com afirmação
Derrota os conformismos malfazejos
Os brandos costumes
Cabresto infame da razão e do caminho
Silêncio de vítima por preencher com vontade
E determinação.

Portugal, agarra a hora
É sempre mais tarde
Mas nunca é tarde demais.

Ana Wiesenberger
Portugal, Meu Amor