domingo, 13 de setembro de 2020

CISNES SAGRADOS


CISNES SAGRADOS


Lembras-te do dia que Deus libertou,
Os cisnes sagrados no mar do além?
Cines tristes e feridos que ele curou.
E que esta desumanidade fez refém.

Fecho os olhos recuo atrás no tempo,
E recordo os teus olhos hipnotizados.
Plo teu corpo ser mar de acolhimento,
Pra dois cisnes brancos enamorados.

Fecho o olhar saboreio a recordação,
Em, que Deus, no seu gesto de amor
Transformou-te num mar de gratidão
E, o teu corpo num oceano redentor.

© Joaquim Jorge de Oliveira

DESEJO DE FLORESCER!




DESEJO DE FLORESCER!


"O teu gostoso perfume"
Faz-me rejuvenescer,
Minh' alma em brando lume
Faz poesia acontecer!

"O teu gostoso perfume"
Faz novo adolescer,
Minha vida faz costume
Que completa o meu ser!

"O teu gostoso perfume"
Dá-me colossal prazer!
Ah, minha flor, magno cume,
Que dás todo o céu a ler!

"O teu gostoso perfume"
Dá-me o amanhecer
Natural, que bem assume
Desejo de florescer!

© Ró Mar | 2020

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

A MÃO DO POETA TEM MAGIA


A MÃO DO POETA TEM MAGIA


A mão do poeta dança
Como por magia.
Quando inspira o poema
Perfuma as palavras
Bota-lhe uma pitada de ironia.

Sua ilusão é como um sol
De polpa dura...
Difícil de levar à boca,
Como dois braços esguios
Deitados em bancos frios.

Sua mão eleva-se desde o chão
Entre os veios do sono e a memória
Na detestável solidão
Procura com imaginação
A ilusão no seu intimo ilusório.

Na sua mente sã
No seu sentido afã
Com a mais profunda magia
Escreve a mais linda poesia
Com a pena na mão.

Mão branquela e afilada
Escreve cada palavra
Em tons de terra, de ar, de nada,
Descreve anjos de asas coloridas
Que nascem e morrem eremitas.

Na frescura matinal
Quase orvalhada, põe a boca e o coração
Lembra lendas de rosas formosas
Dum regaço de rainha entornadas,
Adornando a mais fria estação.

Tantas e tantas vezes
A mão do poeta determina segredos
Envelhecem do pulso ao cérebro
Em noites de desvelo
Num calor baço sem abraço, sem zelos.

As mãos do poeta são delicadas
De excelência, tão linda.
Formadas pela natureza
Unidas num mesmo destino
Sucessivamente transformadas pela consciência.

Os poetas afortunados,
De graça têm mãos cheias
Tantas que nenhum papel as abarca
Tantas não caberiam
Ou ficariam sem graça.

© Naná G.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

SOMBRA


SOMBRA


Uma sombra!
Sou! Apenas uma sombra!
Um velho barco, sem mar
Uma gaivota sem céu
Um corpo por amar!
Sou! Apenas um esboço,
Nada mais!
De um homem em alvoroço
Nesta terra de mortais.
Sou! Apenas memória,
De moléculas ancestrais.
Sou! Apenas passado,
Sem história, nada mais!
Sou! Apenas o desejo.
Nesta mísera condição,
Ser o sabor do teu beijo
Destilado no meu coração.
Sou! Apenas uma sombra
Na tua recordação.