Imagem - Gold ART
Deus como te amo…
São teus olhos tristes
Que me acordam para a realidade
Mas contudo tu insistes
Em não ver essa verdade
Repara na tua existência
Vê lá bem onde vais parar
Nem sempre é a apetência
Do amor que nos faz amar
Estilhaça teus pensamentos
Faz de conta que nada há
Goza todos os momentos
Do que a vida por aqui te dá
Há pois que libertar
O silêncio das manhãs
Para depois tudo se amar
E não ser o tanto faz
Gostaria de te pintar
Com as cores mais belas
E depois às paixões iriam dar
As flores como aguarelas
Procuro fazer tudo com arte
Mas nem sempre isso é possível
Até minha alma aqui se parte
Duma forma bem plausível
Vou assim ao teu encontro
Num caminho que não se vê
E é assim que de pronto
Escrevo o que por aqui se lê
Clamo na pradaria
Clamo sob o teu sol
Dá-me toda a tua alegria
Que eu ando a ficar mole
Levanta-me esta moral
Diz lá que gostas de mim
Meu amor tu és real
És a flor de que estou afim
Armindo Loureiro