Arte de Michel Jouenne
CAÍSTE NOS MEUS OLHOS
Em cada manhã os teus olhos pelas abertas janelas
Vão poisar nas flores do nosso campo, gostas delas.
E de noite teus olhos voam para dar umas olhadelas
Aos retalhos azuis do céu e encontrares as estrelas!
Para podermos admirar melhor este nosso Paraíso,
A neve branca sozinha lá no alto da montanha caía
Numa sonolência branca, fria! De manhã vem o Sol
De novo, carinhoso cintilante! As mãos te dei, urgia!
Com palavras cor do Sol acordei-te, com um sorriso.
Subiu-te uma canção à garganta igual aos rouxinóis.
E em silêncio, apreciei ver teus olhos sob os lençóis.
Passa na janela uma borboleta, abres os olhos teus;
Com os nossos olhos abertos, acenamos um adeus,
Não resistimos à tentação e caíste nos olhos meus!
Alfredo Costa Pereira