quinta-feira, 4 de junho de 2015

ALVORADA




ALVORADA


Minha mente vagueia no horizonte 
Olho sem olhar pela estreita janela
Vejo uns pássaros a beber numa fonte
Um mendigo tremendo de frio na ruela

Nos meus olhos as lágrimas se soltaram
Pensando na vida, em tudo e em nada
Mas rapidamente as lágrimas cristalizaram
Com o nascer desta incrível alvorada

O sol tinha a cor de um fogo brilhante 
A neblina se dissipava muito lentamente 
Parecia estar ali mesmo apesar de distante
Dando a sensação de uma chama ardente

A minha tristeza num ápice se dissipou 
O meu coração a vontade de viver mais um dia
A minha respiração ofegante enfim normalizou
E os meus olhos brilharam com muita alegria 

Paulo Gomes