sábado, 28 de novembro de 2015

À MEDIDA DA AGUARELA




À MEDIDA DA AGUARELA


Na natureza
Nada se ganha, nada se perde,
Tudo se transforma.
Umas vezes para melhor, outras pior.
Mas, eu vejo o amor,
E, tenho a certeza que o mar
Está lá, ainda não encontrei o jeito de o abraçar,
Ele escorrega-me dos dedos, é uma força maior da natureza.
Mas, a persistência é amiga da sabedoria.
Nunca se esvai a onda,
Ela se escapula e volta sempre
Com a força inicial ou mais brava ainda.
Nunca a perco de vista, quiçá um dia
Ela me seja fiel ou eu a sua confidente.
Sei que hoje perdi a batalha, na curva da vida,
Mas, isso não me comove, vou em frente
Como se não fosse nada.
Vou em paz com a minha alma…
E, dos pequenos nadas vou construindo um mundo.
Um mundo pequeno, mas também não precisa de ser grande
Para construir a minha tela,
Basta ter a mão à medida da aguarela.

© RÓ MAR