“PELA SAUDADE QUE ME DESTE”
Numa elegante manhã de sol ardente
Cantavam melros perto, num limoeiro;
Havia alguns lírios na água do ribeiro
Que admirava! Não estavas presente.
Colhi uns, pela saudade que me deste,
E coloquei-os numa bela jarra de ouro.
Mas foi só para mim todo esse tesouro,
Por todo o bem que na vida me fizeste!
Assim, quando na nossa casa os vejo
Dou-lhes sempre um demorado beijo
E fico em ti sempre a pensar……….
É que parecem adivinhar os lírios do rio,
Que te dei a minha vida! Ficam com brio
Quando beijos lhes dou, sem murchar!
© Alfredo Costa Pereira