ESPERANÇA
Companheira minha que me acompanhas
Nos frios invernos e calmas primaveras!...
Quando o sol se pôe atrás do outeiro
E a lua cheia me cobre a solidão.
Segues lentamente meus passos errantes
Segues lentamente meus passos errantes
De velho caminheiro cansado da vida.
Tantos encontrões toldaram-me a visão,
E tu minha amiga deste-me a tua mão.
Quando o caminho era longo!...
Quando o caminho era longo!...
E o sol abrasava o meu rosto,
Eras tu nascente de água cristalina,
Que saciavas a minha sede!
Em torno do eixo desnudado,
Em torno do eixo desnudado,
Encosto a cabeça que se perdeu!...
Agarro-te com força ,Esperança,
Que a meu lado me sorris.
Margarida Fidalgo