terça-feira, 22 de dezembro de 2015

E NÃO HOUVE OUTRA NOITE




E NÃO HOUVE OUTRA NOITE


As horas passaram e a noite adormeceu lá,
Ao ensurdecedor vento, numa manta de lua cheia
De sonhos… suplicando ainda à neblina, na mão cheia
De esperanças, que houvesse alguém omnipresente.
E, assim os ponteiros definharam lentamente…
Eis que surge a monopegia de um novo dia
Que tem uma vida enraizada em memórias que ficaram lá:
Onde ninguém poluiu a alma, num relógio intermitente
De um tempo indefinido, quando a lua estava lá
De braços abertos… E não houve outra noite.

© RÓ MAR