domingo, 24 de abril de 2016

QUANDO UM DIA!




"QUANDO UM DIA!"

 
Quando um dia me for só, deste mundo,
porque chegou ao fim a minha vida,
hás - de ouvir minha voz que lá no fundo
falará para ti bem difundida.
 
Minha voz terá eco tão profundo
que não se apagará desvanecida,
há - de surgir bem forte, em tom jucundo
e tu lhe hás - de dar plena guarida.
 
Vos deixo o coração aos pedacinhos,
como pão que se dá aos pobrezinhos
em réstias de poesias odorosas.
 
Vós todos lembrareis este poeta,
que sempre colocou em linha recta 
a força das palavras primorosas!
 
Abílio Ferradeira de Brito