segunda-feira, 13 de outubro de 2014

BRONZEEI AS IDEIAS


BRONZEEI AS IDEIAS


Abri a porta há muito fechada
larguei os livros que me mandaram para fora 
saí a ver o sol que há muito não via
calor escaldante no deserto de gente
que ia em mim.
Acalmei os ímpetos da máquina frenética
horrores de palavras do poeta maldito.
Fazia-se paz em meu espírito
distante de qualquer momento repentino.
Deixei o sol entrar e bronzear as ideias
de alegrias.
Senti queimar o fogo que me ardia
ondas de calor me derretiam
as frases presas na memória
calafrios provocados por um querer incontido.

Fernando Figueirinhas