sexta-feira, 10 de outubro de 2014

NO LADO CLARO DA SEDA


No Lado Claro da Seda


 Há esmo 
De alguns versos
Perdidos ou confusos,
Adentro-me ao jardim
Dos versos traçados,
Incomuns aos olhos
D’alma, do âmago,
De um luar
Em fase nova,
Ali, em converse
Com o céu!

Etérea, 
A linguagem da folha, 
Por hora vazia 
De viços ou angústias, 
Apenas nostalgia!

Vestida de sonhos
Uma flor se destaca, 
Emoldura-se 
Dentre as paralelas 
Como uma utopia 
Surgindo nas entrelinhas, 
N’um pulsar onipresente 
De apelos em torpor!

Vaga... Divaga... 
Oh, belo vagalume, 
Deixe sobre as linhas 
Em silêncio
Um verbo de amar, 
Pois 
O xale de aquecer, 
Já espera 
No lado claro da seda!

Auber Fioravante Júnior

Porto Alegre - RS