Eterno enquanto dure
Amar para sempre...
Quero-te eternamente...
Pode ser o para sempre do deslizar, diluir
Das areias do tempo, sem dó a se esvair
Na assustadora ampulheta...
Ou, de Romeu e Julieta,
Que eternizaram o Glamour
Com olhares do mundo para o amor
Do amor entre o cravo e a rosa, melindroso
Mas, que marcaram momentos...
Arte em monumento!
Na efemeridade botânica, garbosa e singular
Que deixa o perfume no ar
Pode ser o tempo de um beijo
No saciar de um desejo
Que deixa marcas na página espalhada
Como tinta derramada...
Um solstício de verão que ardia
Sombra mínima ao meio dia
Ou, máxima ao nascer o astro
Ao acaso, meros rastros
Que marcarão brumas densas
No livro de uma existência
Talvez, o sempre seja o prelúdio...
Do mais belo recital
Morto no útero, estúpido vagal
Para sempre é muito tempo
E você promete ser
Que seja eterno momento
Com certeza amo você!
Elair Cabral