quinta-feira, 19 de junho de 2014

TÍMIDA LUZ


Imagem - Google


TÍMIDA LUZ


Lampejos de lucidez faiscavam
o vácuo...
Entre a dúvida e a certeza
A tímida luz exibia espectros de sorte
corroídas por peripécias,
de cruzes involuntárias,
caminhos retorcidos
por curvas enganosas
de uma estrada que parecia boa
mas, que se vislumbra à toa...
Sem volta...
Frágeis lampejos indesejáveis
trocáveis pela escuridão
da noite nua...
Em que lágrima esconde-se 
a ascendência?
Em que parte do sideral
Uma estrela pousa-te
Num linear, não absoluto
Mas, em parte...
Para na paz, mergulhar na arte?
E assim preencher o vácuo...
Abrir a porta da alegria
Iluminar o mar de pedras...
Vestir a noite de poesia...

Elair Cabral