sábado, 26 de julho de 2014

PALCO DA VIDA

 

PALCO DA VIDA


A sinopse foi lida, abrem-se as cortinas
E eu ali, na coxia da existência sem ação
Do palco da vida contemplei a vastidão
Inscrições, filmes poemas sem guarida
Esperando minha investida...
As cenas interpretadas pela minha própria ação
Protagonista do destino, ele estava em minhas mãos
Entrei na cena sem medo, me entreguei com emoção
Chorei com a beleza da vida, arrepiei com o perfume da flor
Sorri pela minha família, me arrasei ao perder um amor
Sofri com as dores da alma, sorri com momentos felizes
Procurei não guardar mágoas pra não formarem feridas
Dancei a luz do luar, derramei lágrimas ao amanhecer
Senti a brisa do vento bronzeei de sol meu viver
Pintei as mais lindas telas, das canções envaidecidas
Pautei todas as quimeras no lirismo esquecidas
Mergulhei em águas limpas, tomei banho de esplendor
Cobri-me de cachoeiras orei a Deus com fervor
Estendi as mãos para o belo, desburocratizei movimentos
Nos olhares mais singelos moldei os meus sentimentos
Estava montado o espetáculo foi aplaudido de pé
Pelas minhas convivências que me amam e botam fé
As luzes brilharam fortes no crepúsculo da tarde enfim
Continuarão cada vez mais lindas, se estiveres junto a mim..

Elair Cabral