quarta-feira, 15 de julho de 2015

ALMA SINGULAR


 

ALMA SINGULAR


Paredes em túneis de indagações
Psicografei em caracteres de emoções,
Meu desejo de saber se minh’alma é plural
O tempo não dá tréguas, silêncio crucial...

Volto o olhar para o mesmo e vazio túnel.
Sem luz no fim..., mente em babel! 
Se sou, por que me é impossível vislumbrar?
Eterno murmurar...

Trêmula, angustiada, essa é minh’alma?
Paredes testam minha calma...
Saio do vácuo e, enfim, percebo meu horizonte!
Paisagens cobertas por brumas de ontem...

Resposta definida!
A espera de vida.... 
Preciso pintar... Desenhar,
Diagramar para me achar!
Pontuar os versos, carregar entrelinhas,
Lançar olhar de “ver” para as vinhas...

Em fios de amanhecer, sorrisos tecer
Plantar a semente do querer,
Regar a cada vez que o sol se pôr.
E esperar o florescer do amor!

Alma singular... Perene alvor!

Elair Cabral