segunda-feira, 27 de julho de 2015

E O TÂMEGA ALI TÃO PERTO...


E o Tâmega ali tão perto…


Se bem me lembro
É tema que quero lembrar
Seja de Julho a Setembro
A cura de qualquer membro
Dá-se nas águas do mar

E eu que gosto de nadar
Nem da água do rio gozo
Os dejectos vão lá parar
A água nem quero lembrar
O Tâmega está mal cheiroso

Mas contudo já o foi
Podem disso ter a certeza
Inda hoje a alma me dói
Por quem tudo assim destrói
E nos retira toda a beleza

São as malditas barragens
Que obrigam a acontecer
Tenho dele belas imagens
Descansar nas suas margens
Era para mim grande prazer

E depois de mui cansado
Ia comer azeitonas e broa
Com um copo bem aviado
Eu que jamais fui atado
Tinha uma tarde bem boa

Agora ando por aqui
Com mazelas em demasia
A falta de água a senti
Já nem sei no que me meti
Pois perdi toda a alegria

Armindo Loureiro