quinta-feira, 30 de julho de 2015

NO SILÊNCIO DAS MADRUGADAS

 

NO SILÊNCIO DAS MADRUGADAS


No silêncio das madrugadas,
Respiram as árvores,
Dormem as aves,
Perfilam-se os prédios nas cidades,
Em desenhos geométricos,
Como patéticos.
Os poetas encontram inspiração,
Imaginam virtuais amores,
Sofrem de dissabores.
A luz do sol dissolve as madrugadas,
Devolve-lhe a claridade,
É dia na cidade.
O silêncio das madrugadas expira,
Quebra os últimos sonhos,
Novo dia se respira.
Já tenho saudades das madrugadas
Em que desenho a poesia,
Na mente da fantasia.
Convivo bem com as mudas madrugadas,
Vivo mal com os ruídos dos dias,
Prefiro as noites de magia.

Ruy Serrano