sexta-feira, 24 de julho de 2015

ASSOMBROS DE MIM...


 

Assombros de mim…


Dizem que é assombrosa
A minha veia trovadora
Para mim ela é airosa
Mas não passa de amadora
Escrevo a trezentos à hora
Diz um amigo que tenho
Afirmo que não é d’agora
E essa certeza mantenho
Foi um gene transferido
Aquando do meu nascimento
Meu pai foi um ser querido
Ao me dar este instrumento
Gostava de rimar em quadras
Fazia-o com a melhor das intenções
Em palavras desconcertadas
Fruto das suas paixões
Hoje, faço-o eu
Com toda a minha honestidade
Satisfaço o ego meu
E à quadra dou toda a verdade
Há uma certa sincronização
Feita num curto espaço de tempo
Eu vos lembro que é uma paixão
Que me leva a ter um bom momento
Não vale a pena questionar
Se eu sou terreno ou não
Basta apenas me apalpar
Para verificar essa situação
Costumo fazer quadras poéticas
Quando estou a ouvir pessoas
São actas que são tretas
Mas que têm leituras boas
Vou continuar a fazer
Tudo em que sinta paixão
Nas quadras grande prazer
Quando a escrita é uma ilusão…