sexta-feira, 17 de julho de 2015

QUE JULGAS TU


 

QUE JULGAS TU


que julgas tu
de
tanta dor,
acumulada?

que julgas tu
deste
tormento,
desta,
aflição,
tão castradora
tão,
malvada?

que julgas tu,
deste
viver?
ou deste
morrer?
dentro de mim,
enclausurada?

pensas 
que é escolha?
ou 
um caminho?
na
minha 
estrada?

nasce
num gene,
no
núcleo
da célula,
e
perpetua-se,
numa
facada,

vive,
na pele,
na alma
que geme,
no corpo que treme,
no medo,
do
nada,

e,
se viver
ou
morrer,
é mesmo igual,
não tem sabor,
nem dia,
nem
madrugada,
fico
sozinha,
e
não te levo,
nem te quero,
amargurada...

para,
este existir,
para este,
não sentir,
de onde,
te quero,
miraculosamente,

afastada...

Rosamar